05/05/12

A Saga Pingo Doce continua...

Segundo noticia no Publico, Ministro da Economia chamado ao Parlamento para explicar polémica Pingo Doce.

O PCP e o BE anunciaram hoje que vão requerer a audição parlamentar do ministro da Economia, Álvaro dos Santos Pereira, para dar explicações sobre o facto de a cadeia Pingo Doce ter estado a funcionar no 1º de Maio, com uma campanha de 50% de desconto.

PSD considerou "ridículas" as críticas "ideológicas" do PCP, BE e os Verdes.

Segundo o deputado comunista Agostinho Lopes, a ASAE e a Autoridade da Concorrência devem investigar se houve violação da lei, quer pelo lado da campanha promocional, quer pelo facto de os trabalhadores não terem gozado o feriado do 1º de Maio.

“Se houve vendas com prejuízo houve uma violação da lei da concorrência e tem que haver uma penalização”, defendeu. E criticou o grupo Jerónimo Martins: “Julgam-se senhores deste país, fazendo tudo aquilo que lhes dá na gana, incluindo a legislação e os acordos deste país”.

Já de manhã, o BE criticou aquilo que considerou uma “humilhação” do feriado do 1º de Maio. A deputada bloquista Catarina Martins afirmou que “esta acção de campanha da Jerónimo Martins humilhou trabalhadores e consumidores, colocou em perigo tanto consumidores como trabalhadores” e “vai contra a legislação sobre a concorrência”. O BE pede, por isso, que a Autoridade da Concorrência retire rapidamente conclusões.


Segundo a deputada bloquista, a decisão do grupo Jerónimo Martins é também “uma atitude provocatória contra os direitos dos trabalhadores, porque utilizaram a crise social para instrumentalizar os consumidores e colocar os trabalhadores da cadeia de supermercados Pingo Doce a trabalhar no dia do Trabalhador, no 1º de Maio”.

O tema voltou a surgir no início do plenário desta tarde, com BE, PCP e Os Verdes a criticarem uma campanha publicitária “ideológica”. Já o PSD considerou as críticas “ridículas”, com o deputado do PSD Luís Menezes a afirmar que ”se há um problema deve ser visto, mas transportar uma campanha publicitária para a ideia de que se trata de uma campanha ideológica é, claramente, um problema de falta de tema”.

E deixou uma pergunta à esquerda parlamentar: “Querem fazer a leitura de uma batalha ideológica a partir da opção livre de centenas de milhares de consumidores, numa época de grandes dificuldades? Os senhores querem meter-se na decisão livre de cada português escolher a quem compra e quando compra?”

O PS optou por defender que a ASAE deve fazer uma investigação rigorosa ao sucedido, nomeadamente se a cadeia de supermercados está a “cumprir a lei” ou se, pelo contrário, está envolvida em práticas de "concorrência desleal" ou de "prejuízo à produção nacional".

O deputado Miguel Freitas avançou assim que “o PS aguarda a investigação e exige que essa investigação seja rigorosa por parte da ASAE”, lamentando, no entanto, que o Pingo Doce tenha lançado uma campanha que não assegurou “condições para que as pessoas pudessem fazer as suas compras com tranquilidade”.

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