O que é o Geuro? É a nova moeda que está a ser proposta para a Grécia em alternativa ao Euro. Será que para Portugal será o Peuro?
O Deutsche Bank, maior banco privado alemão, propôs, esta terça-feira, a introdução de uma moela paralela ao euro na Grécia, caso os adversários das medidas de austeridade ganhem as eleições legislativas de 17 de Junho.
A medida garantiria a continuação dos apoios financeiros internacionais, para que a Grécia possa pagar as suas dívidas, afirma-se num estudo dos economistas do Deutsche Bank, publicado esta terça-feira.
A nova unidade monetária consistiria em títulos da dívida pública emitidos pelo Estado helénico, que poderiam ser vendidos nos mercados de capitais.
Inicialmente, o geuro sofreria uma forte desvalorização em relação ao euro, mas de acordo com o estudo do Deutsche Bank o governo grego teria a possibilidade de reforçar a nova moeda, através de uma sólida política orçamental.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2536552&page=-1
A par da introdução de novas reformas estruturais, a referida política facultaria o regresso em pleno ao euro, explicam os economistas alemães.
Uma renúncia total da Grécia ao euro é considerada "improvável" no mesmo estudo, porque a maioria dos gregos deseja continuar na moeda única, referem ainda os autores do estudo.
O Detusche Bank considera ainda "pouco provável" que a troika (FMI, União Europeia e Banco Central Europeu) suspenda totalmente as ajudas à Grécia, em caso de vitória das forças políticas que querem renegociar o memorando assinado por Atenas nas legislativas de junho.
O pagamento de novas prestações do pacote de ajudas de 130 mil milhões de euros, aprovado em março, seria anulado, mas o serviço da dívida grega deveria continuar a ser assegurado pelos parceiros internacionais, para que os bancos gregos pudessem ser apoiados por um "bad bank" europeu, onde seriam depositados os chamados títulos tóxicos (muito desvalorizados), prevê o banco alemão.
A proposta de introdução de uma moeda paralela ao euro na Grécia já foi avançada anteriormente por outros economistas, mas voltou a ganhar atualidade, face à instabilidade política que se gerou após as legislativas de 6 de maio, que não permitiram formar novo Governo em Atenas.
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