Adelino Cunha demitiu-se do cargo de adjunto do gabinete do ministro Miguel Relvas, porque terão sido encontradas mensagens do ex-jornalista nos telemóveis do "ex-espião" Jorge Silva Carvalho.
"Apresentei o pedido de demissão, que o Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares aceitou", disse Adelino Cunha, em resposta a perguntas da revista Sábado, no site daquela publicação.
"Conheci o Dr. Jorge Silva Carvalho antes de ter sido nomeado adjunto político do Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e mantive, por minha iniciativa, contactos durante o período em que exerci funções", argumentou Adelino Cunha.
Contactado pela revista, Miguel Relvas foi sucinto. "Quanto às sms"s do meu Adjunto, Dr. Adelino Cunha, nada mais tenho a acrescentar ao que foi dito pelo próprio", disse o ministro dos Assuntos Parlamentares.
Segundo o jornal "Público", Silva Carvalho, "algum tempo depois das eleições legislativas de 2011", quando era já quadro da empresa Ongoing, "enviou, por correio eletrónico, ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, um relatório detalhado com um plano para reformar os serviços de informação", propondo nomes de "funcionários da sua confiança" para assumirem a chefia dos mesmos.
Ao ser ouvido na comissão parlamentar de Direitos Liberdades e Garantias, por iniciativa do BE, a 15 de maio, o ministro dos Assuntos Parlamentares disse ter recebido a lista de nomes para promoções nos serviços de informação, mas garantiu que não respondeu às mensagens de Jorge Silva Carvalho, que é arguido num processo de passagem indevida para o exterior das "secretas" de informação classificada.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2545948&page=-1
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