As perdas colossais ligadas a operações de mercado divulgadas na quinta-feira pelo JPMorgan Chase devem fazer a primeira vítima na hierarquia do banco já amanhã, quando o director executivo daquela instituição, Jamie Dimon, aceitar formalmente a demissão de Ina Drew, avança o New York Times citando várias fontes empresa.
Jamie Dimon
Drew, de 55 anos, trabalha para o banco há três décadas e é uma das principais responsáveis pelas operações que originaram perdas calculadas em 2 mil milhões de dólares. À medida que os números das perdas foram sendo conhecidos (e que foram crescendo), Ina Drew apresentou a demissão várias vezes, mas Dimon nunca a aceitou, até agora, de acordo com o jornal norte-americano.
“Dois operadores de mercado que trabalhavam com Drew também devem pedir a demissão”, acrescenta o NYT acrescentado que a saída de um dos braços direitos de Dimmon significará um volte-face na posição de poder de uma das mulheres mais influentes de Wall Street.
Hoje, durante uma entrevista à NBC, Dimmon admitiu ter-se “enganado redondamente” em Abril ao desvalorizar sinais preocupantes sobre as operações de mercado do banco. Nessa altura, o mesmo responsável chamou a esses sinais “uma tempestade num copo de água”. “Cometemos um erro terrível, um erro escandalosa e quase não há desculpa para ele”.
Segundo a edição de sexta-feira do Wall Street Journal, as perdas do JPMorgan estão relacionadas com uma operação específica do banco orquestrada por Drew e que tinha como objectivo proteger a instituição do risco na Europa. Ainda na sexta-feira, as acções do banco cairam quase 10%.
O JPMorgan Chase é o primeiro banco norte-americano em termos de activos. Na quinta-feira assumiu ter perdido nas últimas seis semanas cerca de 2 mil milhões de dólares em transacções de mercado. Este valor pode ainda aumentar por causa de investimentos de risco em derivados de crédito.
O risco ligado à arragância fez com que os investimentos não fossem os correctos. Uma má leitura dos dados ajudou no declinio economico...
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