26/03/12

Projeto aberto a todos


Ontem os portugueses ouviram mais do mesmo, o que mudou foram os protagonistas que atuavam e falavam no seu congresso "laranja", mas de forma muito subtil e usando poetas de outras eras, as palavras rumavam no mesmo sentido dos últimos anos, mas nada de novo, nem de concreto para podermos sair do sufoco que a maioria dos portugueses andam a passar.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este domingo que o projeto que tem para o país é "realista" e "aberto a todos" defendendo um "sentido de abertura e de convergência rigorosamente entre todas as forças políticas e sociais".
Para o líder social-democrata e primeiro-ministro, "ninguém tem o direito de se colocar de fora da tarefa de reconstrução nacional".

foto Natacha Cardoso/Global Imagens

"O projeto que temos para o país é realista mas aberto a todos", afirmou Passos Coelho no discurso de encerramento do Congresso do PSD, em Lisboa.

Esse projeto, defendeu, "tem que ser um projeto aberto", porque apesar de nem todos terem "a mesma visão" nem quererem "percorrer o mesmo caminho", quando o país enfrenta uma situação de emergência nacional " tem o direito de se colocar de fora da tarefa de reconstrução nacional".

"O debate que temos para fazer, durante a crise que estamos a batalhar, também é um debate sobre alternativas políticas, mas não podemos fixar-nos sobretudo nas diferenças sem mostrarmos uma real capacidade para nos aproximarmos em torno do que é essencial", argumentou.

"Creio que o país apreciará esse sentido de abertura e de convergência rigorosamente entre todas as forças políticas e sociais", reforçou.

JN: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2383690&page=-1


Logo no inicio da sua intervenção, quando cumprimentou as delegações dos partidos presentes, - todos os partidos com assento parlamentar, exceto o Bloco de Esquerda, estão representados - Passos referiu que "vale a pena apostar numa atitude de tolerância de diálogo e não de crispação e de quero, posso e mando".
"Todos temos de saber ceder alguma coisa para que o essencial possa ser atingido", defendeu.

Para o líder social-democrata, sendo essa "reconstrução" nacional "essencial para que portugueses possam vencer os duros obstáculos que vêm enfrentando, cada um precisa de desempenhar a sua parte e de assumir a sua responsabilidade".

"A convergência que temos de encontrar entre todos nós relativamente aos aspetos para mais importantes e aos mais estruturantes para o país tem que ser muito grande", afirmou.


Segundo Passos Coelho, "ninguém pode ficar agarrado a conceções mais ideológicas ou mesmo às vezes demasiado utópicas que impeçam que o país se mobilize em torno de objetivos essenciais".

O presidente social-democrata fez no início da sua intervenção um "cumprimento muito sublinhado" ao parceiro de coligação, o CDS-PP, assinalando o seu "grande empenhamento e lealdade" que constituiu um "pilar importante da determinação do Governo".

Passos referiu-se igualmente ao Presidente da República, que, como tradicionalmente, se fez representar, e sublinhou o seu papel de "referencial de estabilidade e cooperação institucional"

"Trata-se portanto de uma figura que todos respeitamos em Portugal e que tem mostrado também colocar Portugal em primeiro lugar, na forma como tem sabido colaborar e cooperar com todos os órgãos de soberania", declarou.

"É importante para Portugal que a figura do Presidente da República seja continuamente prestigiada e, para isso tem contribuído a forma como o Presidente da República tem exercido os seus mandatos e a forma também como a generalidade dos portugueses lhe reconhecem esse exemplo e essa autoridade", reforçou.

Passos assinalou e agradeceu também a presença no encerramento do Congresso do antigo presidente do PSD, Rui Machete, e do antigo presidente social-democrata e antigo primeiro-ministro Santana Lopes, assim como ao longo da reunião magana a presença de outros ex-líderes, como Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes e Luís Filipe Menezes.

Sem comentários:

Enviar um comentário