Ontem os portugueses ouviram mais do mesmo, o que mudou foram os protagonistas que atuavam e falavam no seu congresso "laranja", mas de forma muito subtil e usando poetas de outras eras, as palavras rumavam no mesmo sentido dos últimos anos, mas nada de novo, nem de concreto para podermos sair do sufoco que a maioria dos portugueses andam a passar.
O presidente do
PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este domingo que o projeto que tem
para o país é "realista" e "aberto a todos" defendendo um "sentido de
abertura e de convergência rigorosamente entre todas as forças políticas
e sociais".
Para o líder social-democrata e
primeiro-ministro, "ninguém tem o direito de se colocar de fora da
tarefa de reconstrução nacional".
foto Natacha Cardoso/Global Imagens
Esse projeto, defendeu, "tem que ser um projeto aberto", porque apesar de nem todos terem "a mesma visão" nem quererem "percorrer o mesmo caminho", quando o país enfrenta uma situação de emergência nacional " tem o direito de se colocar de fora da tarefa de reconstrução nacional".
"O debate que temos para fazer, durante a crise que estamos a batalhar, também é um debate sobre alternativas políticas, mas não podemos fixar-nos sobretudo nas diferenças sem mostrarmos uma real capacidade para nos aproximarmos em torno do que é essencial", argumentou.
"Creio que o país apreciará esse sentido de abertura e de convergência rigorosamente entre todas as forças políticas e sociais", reforçou.
JN: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2383690&page=-1
Logo no inicio da sua intervenção, quando cumprimentou as delegações dos partidos presentes, - todos os partidos com assento parlamentar, exceto o Bloco de Esquerda, estão representados - Passos referiu que "vale a pena apostar numa atitude de tolerância de diálogo e não de crispação e de quero, posso e mando".
"Todos temos de saber ceder alguma coisa para que o essencial possa ser atingido", defendeu.
Para o líder social-democrata, sendo essa "reconstrução" nacional "essencial para que portugueses possam vencer os duros obstáculos que vêm enfrentando, cada um precisa de desempenhar a sua parte e de assumir a sua responsabilidade".
"A convergência que temos de encontrar entre todos nós relativamente aos aspetos para mais importantes e aos mais estruturantes para o país tem que ser muito grande", afirmou.
Segundo Passos Coelho, "ninguém pode ficar agarrado a conceções mais ideológicas ou mesmo às vezes demasiado utópicas que impeçam que o país se mobilize em torno de objetivos essenciais".
O presidente social-democrata fez no início da sua intervenção um "cumprimento muito sublinhado" ao parceiro de coligação, o CDS-PP, assinalando o seu "grande empenhamento e lealdade" que constituiu um "pilar importante da determinação do Governo".
Passos referiu-se igualmente ao Presidente da República, que, como tradicionalmente, se fez representar, e sublinhou o seu papel de "referencial de estabilidade e cooperação institucional"
"Trata-se portanto de uma figura que todos respeitamos em Portugal e que tem mostrado também colocar Portugal em primeiro lugar, na forma como tem sabido colaborar e cooperar com todos os órgãos de soberania", declarou.
"É importante para Portugal que a figura do Presidente da República seja continuamente prestigiada e, para isso tem contribuído a forma como o Presidente da República tem exercido os seus mandatos e a forma também como a generalidade dos portugueses lhe reconhecem esse exemplo e essa autoridade", reforçou.
Passos assinalou e agradeceu também a presença no encerramento do Congresso do antigo presidente do PSD, Rui Machete, e do antigo presidente social-democrata e antigo primeiro-ministro Santana Lopes, assim como ao longo da reunião magana a presença de outros ex-líderes, como Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes e Luís Filipe Menezes.
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