CGTP desafia Governo a combater economia paralela

Meu caro sr. Arménio Carlos,

É muito bonito vir para a TV e os jornais desafiar o governo do nosso país a apresentar medidas de combate à fraude, evasão fiscal e economia paralela. Sabe que nesta vida não se pode agradar a gregos e a troianos! Por acaso já pensou no que leva às pessoas a fazerem este tipo de "fraudes"? O porquê de não termos cultura social para não praticarmos a dita economia paralela?

Isso sim, eram perguntas e desafios que deveriam de ser lançados ao governo. Educar as massas de forma a não terem vontade de praticar este tipo de "fraudes", pois a carga fiscal de quem quer andar "direito" e de cara lavada com todos os seus compromissos liquidados é imensa. De tal forma que com qualquer crise do setor financeiro derruba a classe média, que já não existe em Portugal, e como a comida tem de ser colocada na mesa para os filhos, as pessoas pensam em todas as formas HONESTAS de ganhar algum dinheiro para a compra dos alimentos.

A economia paralela, com estas medidas a serem praticadas pelos nossos governantes nunca irá acabar, mas o mais interessante é que os restantes cidadãos da UE vêm a Portugal já a contar com este tipo de economia, pois assim sai mais barato os produtos.

Noticia no JN:

Arménio Carlos disse que se o Governo conseguisse recuperar pelo menos metade dos 40 mil milhões de euros que circulam na economia paralela "nós poderíamos dizer que se resolvia o problema do défice e até sobrava dinheiro para o investimento público e por a economia a crescer".

O líder da CGTP, que cumpriu esta sexta-feira uma visita ao distrito de Castelo Branco, considera por isso interessante "que o Governo, que é tão célere a bater nos trabalhadores da administração pública, não tenha até agora tomado uma medida sequer".
Questionado sobre a decisão do Governo de não atribuir tolerância de ponto na véspera de Páscoa, mantendo apenas o dia 24 de dezembro, Arménio Carlos fala em ataque à administração pública.
"O Governo continua obcecado e elegeu os trabalhadores da administração pública como os inimigos principais do país e continua a fechar os olhos aqueles que efetivamente estão a levar o país ao desastre", disse no final de um plenário com trabalhadores.
Para Arménio Carlos o problema está no modelo de baixos salários, trabalho precário e desqualificado e na falta de visão estratégica de muitos dos empresários.
A visita ao distrito de Castelo Branco começou esta manhã na Sertã, com um plenário na câmara municipal. A comitiva da CGTP deslocou-se ainda à Escola Cidade de Castelo Branco, à fábrica de confeções Dielmar, em Alcains, e regressou à cidade de Castelo Branco para um plenário na fábrica da Danone.