Temos então a chegada de opiniões de como a ganância nos pode levar ao caos financeiro. Tal como na histórica Quinta-Feira Negra - 24 de Outubro de 1929 com o crash da bolsa de valores de Nova York, mais uma vez Wall Street veio dominar o mundo com a sua queda e a ganância do poder e do dinheiro que afectou todo o mundo ocidental.
A crise financeira foi em grande medida
provocada pela "ganância" de Wall Street e os recentes protestos nos
Estados Unidos não vão comprometer a reeleição de Barack Obama,
considerou um histórico do Partido Democrata.
Movimento Occupy Wall Street
"As pessoas compreenderam que crise
financeira foi provocada pela ganância sobretudo em Wall Street, entre
os bancos e o que designamos por classe rica dominante nos Estados
Unidos", disse Spencer Oliver, ex-líder da juventude do Partido
Democrata norte-americano na década de 1970, e que entre outras funções
integrou a direção da Comissão de Helsínquia para os direitos humanos do
Congresso dos Estados Unidos, entre 1976 e 1985, e foi conselheiro
principal do comité para os Assuntos Externos da Câmara dos
Representantes do Congresso dos EUA até janeiro de 1993.
Atualmente, Spencer Oliver assume o
cargo de secretário-geral da Assembleia Parlamentar do Conselho da
Europa, após três reconduções.
O movimento "Occupy Wall Street", uma ação de indignação política que alastrou pelos EUA desde meados de 2011, foi a consequência dessa sensação de mal-estar social, num país em crise económica.
"Apesar de existir uma enorme taxa de desemprego, ou das ameaças ao sistema de segurança social devido à crise financeira, existem executivos em Wall Street que se reformaram, mas garantindo milhões de dólares em bónus. As pessoas ficam zangadas com isso, e o movimento 'Occupy Wall Street' tem origem nesta situação", indica.
As críticas do movimento de protesto não terão sido no entanto dirigidas diretamente à administração da Casa Branca e ao Presidente Barack Obama, que desde sempre contou com o apoio incondicional de Spencer Oliver.
As críticas devem ser antes apontadas "ao sistema financeiro, aos resgates e aos estímulos" que canalizaram avultadas somas "para salvar a pele de muitos banqueiros que foram os primeiros responsáveis pela atual situação". E que motivou "o desapontamento e da revolta que existe numa parte considerável da nossa população", incluindo nos setores mais radicais da direita reunidos em torno do movimento "Tea Party".
Na perspetiva do veterano líder dos democratas, e apesar do "obstrucionismo" dos republicanos, Obama "fez um excelente trabalho" neste primeiro mandato, e decerto que será reeleito nas presidenciais de Novembro.
"Esta atitude dos republicanos desacreditou-os largamente junto da população norte-americana. O facto de os republicanos terem bloqueado e obstruído os seus três primeiros anos de mandato, e continuarem a atacá-lo, permitiu que a população entendesse que Obama tinha razão. E também porque a economia está a melhorar", sintetiza.
Em paralelo, considera que a corrida à nomeação do candidato republicano não tem decorrido de forma positiva. "Estão a deslizar cada vez mais para a extrema-direita, o que ajuda imenso Obama".
Nas presidenciais de novembro, a situação económica será outro aspeto decisivo, com os dados mais recentes sobre o recuo do desemprego a favoreceram o líder da Casa Branca. No entanto, Spencer Oliver mostra-se reservado sobre a situação económica.
"O desemprego é ainda muito elevado, cerca de oito por cento... Poderá continuar a descer mas julgo que Obama não poderá contar com esse fator", argumenta.
"A economia ainda permanece com problemas, a crise financeira não terminou, ainda existe uma enorme dívida não apenas nos Estados Unidos mas pelo mundo, e uma situação na Europa que não foi resolvida. Se a situação na Europa piorar, decerto que terá um impacto negativo nos Estados Unidos", adverte.
As medidas adotadas nos últimos três anos e num contexto adverso -- "os republicanos controlam o Congresso, têm maioria na Câmara dos Representantes, uma minoria de bloqueio no Senado e nada passa pelo Congresso sem que os republicanos adotem uma posição, o que têm feito em 90 por cento das situações", recorda -- são outros argumentos fortes do candidato apoiado pelo Partido Democrata.
"O facto de 47 milhões de norte-americanos não terem acesso a um seguro de saúde tornou-se numa situação embaraçosa para os Estados Unidos. E Obama fez o melhor que pôde para tentar instituir um sistema onde todos tivessem algum tipo de segurança", enfatiza.
Spencer Oliver, com uma vasta experiência nesta área, sabe que nada é certo em política. Mas sublinha que Obama é "um grande candidato", elogia a equipa que o rodeia e que já dirigiu a primeira campanha presidencial, e que assegura estar preparada "para enfrentar a mais dispendiosa campanha da história dos EUA".
O movimento "Occupy Wall Street", uma ação de indignação política que alastrou pelos EUA desde meados de 2011, foi a consequência dessa sensação de mal-estar social, num país em crise económica.
"Apesar de existir uma enorme taxa de desemprego, ou das ameaças ao sistema de segurança social devido à crise financeira, existem executivos em Wall Street que se reformaram, mas garantindo milhões de dólares em bónus. As pessoas ficam zangadas com isso, e o movimento 'Occupy Wall Street' tem origem nesta situação", indica.
As críticas do movimento de protesto não terão sido no entanto dirigidas diretamente à administração da Casa Branca e ao Presidente Barack Obama, que desde sempre contou com o apoio incondicional de Spencer Oliver.
As críticas devem ser antes apontadas "ao sistema financeiro, aos resgates e aos estímulos" que canalizaram avultadas somas "para salvar a pele de muitos banqueiros que foram os primeiros responsáveis pela atual situação". E que motivou "o desapontamento e da revolta que existe numa parte considerável da nossa população", incluindo nos setores mais radicais da direita reunidos em torno do movimento "Tea Party".
Na perspetiva do veterano líder dos democratas, e apesar do "obstrucionismo" dos republicanos, Obama "fez um excelente trabalho" neste primeiro mandato, e decerto que será reeleito nas presidenciais de Novembro.
"Esta atitude dos republicanos desacreditou-os largamente junto da população norte-americana. O facto de os republicanos terem bloqueado e obstruído os seus três primeiros anos de mandato, e continuarem a atacá-lo, permitiu que a população entendesse que Obama tinha razão. E também porque a economia está a melhorar", sintetiza.
Em paralelo, considera que a corrida à nomeação do candidato republicano não tem decorrido de forma positiva. "Estão a deslizar cada vez mais para a extrema-direita, o que ajuda imenso Obama".
Nas presidenciais de novembro, a situação económica será outro aspeto decisivo, com os dados mais recentes sobre o recuo do desemprego a favoreceram o líder da Casa Branca. No entanto, Spencer Oliver mostra-se reservado sobre a situação económica.
"O desemprego é ainda muito elevado, cerca de oito por cento... Poderá continuar a descer mas julgo que Obama não poderá contar com esse fator", argumenta.
"A economia ainda permanece com problemas, a crise financeira não terminou, ainda existe uma enorme dívida não apenas nos Estados Unidos mas pelo mundo, e uma situação na Europa que não foi resolvida. Se a situação na Europa piorar, decerto que terá um impacto negativo nos Estados Unidos", adverte.
As medidas adotadas nos últimos três anos e num contexto adverso -- "os republicanos controlam o Congresso, têm maioria na Câmara dos Representantes, uma minoria de bloqueio no Senado e nada passa pelo Congresso sem que os republicanos adotem uma posição, o que têm feito em 90 por cento das situações", recorda -- são outros argumentos fortes do candidato apoiado pelo Partido Democrata.
"O facto de 47 milhões de norte-americanos não terem acesso a um seguro de saúde tornou-se numa situação embaraçosa para os Estados Unidos. E Obama fez o melhor que pôde para tentar instituir um sistema onde todos tivessem algum tipo de segurança", enfatiza.
Spencer Oliver, com uma vasta experiência nesta área, sabe que nada é certo em política. Mas sublinha que Obama é "um grande candidato", elogia a equipa que o rodeia e que já dirigiu a primeira campanha presidencial, e que assegura estar preparada "para enfrentar a mais dispendiosa campanha da história dos EUA".
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