06/03/12

Os Estaleiros e os seus MILHÕES de EUROS!

É como diz o povo, "Quando a esmola é grande, o Santo desconfia!"
E é o que os trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo se sentem e pensam do que está a acontecer por aquelas bandas, pois não há dinheiro para poderem acabar o que está quase pronto e NOVO, mas para o velho, com quase 40 anos de vida há. Ora aqui está uma boa gestão dos dinheiros públicos.

"É uma opção um bocado estranha. Estamos a falar de um novo patrulha que temos quase pronto, mas que ficou parado, em termos de construção, porque faltam entre seis a nove milhões de euros para o acabar. Mas há dinheiro para reparar um navio com 40 anos", afirmou à Agência Lusa António Barbosa, porta-voz dos trabalhadores.



Em causa está a reparação, nos Estaleiros Navais de Alfeite, da corveta João Roby, uma encomenda que representa um encaixe de seis milhões de euros e que "estava já há um ano em curso", referiu o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino.


"É um navio que, fruto dos anos de serviço que tem, representa o dobro dos custos de operação que um navio novo, como o patrulha que estamos a construir teria", apontou o porta-voz da Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

O NRP Figueira da Foz, o segundo da classe Viana do Castelo, integra uma encomenda aos ENVC de oito Navios de Patrulha Oceânica (NPO), cada um com um custo de 50 milhões de euros, para substituir precisamente as corvetas que operam há quase 40 anos ao serviço da Marinha.

O primeiro "patrulha", NRP Viana do Castelo, foi entregue em abril de 2011 e o segundo deveria ter chegado em setembro, mas a construção, relatam os trabalhadores, está "praticamente parada".

"O que nos dizem é que falta o dinheiro para comprar o material para concluir o navio e que no Orçamento de Estado para 2012 não há verba inscrita. Não dá para perceber", apontou ainda António Barbosa.
Atualmente, Portugal tem ao serviço seis corvetas, distribuídas pelas classes Baptista de Andrade e João Coutinho, com entre 30 a 40 anos de operação, e estas reparações visam prolongar ainda mais o tempo útil de vida dos navios.

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