01/10/12

O Rosto do Desemprego - 137

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Nome   Maria Fer­nanda Mar­tins

Idade   52 anos

Naturalidade/Residência   Beira Baixa / Lis­boa

For­mação   fre­quên­cia uni­ver­sitária em lín­guas e lit­er­at­uras mod­er­nas

Última profis­são   planea­mento e con­t­role de pro­dução, apro­vi­sion­a­men­tos e com­pras

Há quanto tempo desem­pre­gado   março de 2012

Agre­gado famil­iar   não tem fil­hos, vive soz­inha

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “há coisas que deixei pura e sim­ples­mente de fazer. agora penso sem­pre duas vezes e opto por pro­gra­mas gra­tu­itos. via­gens para fora deixei de as fazer e penso sem­pre que não posso dar-me a esse luxo (…) de setem­bro de 2011 a fevereiro deste ano estive na condição de sus­pen­são de con­trato por falta de paga­mento dos salários pois já tinha 9 meses sem rece­ber salário, em que no fundo paguei para ir para tra­bal­har. a par­tir de 1 de março foi declar­ada a insolvên­cia da empresa onde tra­bal­hava (…) assumi o risco de tra­bal­har tanto tempo sem rece­ber, de forma con­sciente. nunca mais serei a mesma pes­soa. acred­i­tar é muito mais com­pli­cado. deixei de acred­i­tar, e não volto a arriscar da forma que arrisquei. é uma marca que fica”

Per­spec­ti­vas de futuro  “são muito negras. obvi­a­mente tenho con­sciên­cia que nunca mais vou gan­har aquilo que já gan­hei na vida, pois estas coisas alteraram-se. respondo a anún­cios com o orde­nado mín­imo e nem a esses sou chamada, por uma razão muito sim­ples, porque o primeiro fil­tro é a idade. auto­mati­ca­mente nem por o orde­nado mín­imo me chamam. eles é que ficam a perder perder pois pode­riam, por um custo baixo, uma pes­soa com exper­iên­cia. (…) se reunisse condições ou tivesse opor­tu­nidade, eu saia daqui, ainda que com esta  idade, indisc­u­tivel­mente. o país não ofer­ece opor­tu­nidades (…) não me impor­tava em ir para a Ásia. tem a ver com um sonho antigo. pois acho que o futuro está no Ori­ente. levaria, no entanto, o bil­hete de volta com­prado. caso alguma coisa cor­resse mal, pode­ria voltar, é um con­selho que dou a toda a gente”

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