Nome Luís Coelho
Idade 32 anos
Naturalidade/Residência Porto / Vila Nova de Gaia
Formação tem três cursos: design de equipamento, arquitectura e fotografia
Última profissão trabalhou em dois projectos de arquitectura, regime free lance e precário
Há quanto tempo desempregado há perto três anos
Agregado familiar o próprio
O que mudou na sua vida desde que ficou desempregado “é uma insegurança, não dá para planear o futuro porque quando o trabalho é incerto e pontual pode aparecer nesse mês e até ganhar bastante e nos meses seguintes não ganhar quase nada, e esse é que é o grande drama, não podemos planificar a nossa vida, não há segurança. daí não constituimos familia, a natalidade baixa e o país perde, para além disso deixamos de descontar, logo vai a segurança social ao ar, logo o país todo é que perde. não são só os desempregados que perdem, é todo o país”
Perspectivas de futuro “qualifiquei-me em muitas áreas distintas, só me falta uma formação em design gráfico, de resto acho que faço tudo dentro das artes gráficas. como as coisas estão não vejo grandes perspectivas (…) tudo isto não tem a ver com formação, nem tem a ver com estarmos qualificados ou não, mas antes com o modelo económico não estar preparado para uma mão-de-obra tão qualificada, e esse é um mal que vem logo de raiz (…) temos muitos jovens a emigrar e tenho também colegas meus emigrados que estão a regressar porque também há crise lá fora, e por isso, ao contrário do que um ministro diz, nem para emigrar isto está bom, nem sequer temos essa escapatória (…) devemos ser um país muito rico ao mandar as pessoas mais qualificadas embora para outros países, que as recebem altamente qualificadas sem as terem formado (…) o problema é não haver pessoas qualificadas a mais, o problema é haver a menos e a economia não tirar proveito delas”
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