O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, admitiu este sábado que uma greve geral pode acontecer até final do ano, referindo que a hipótese de paralisação será discutida no conselho extraordinário nacional de 03 de outubro.
Durante o seu discurso na manifestação desta tarde, em Lisboa, o líder da Intersindical indicou "em primeira mão" a realização de uma reunião da CGTP, para discutir formas de "endurecer a luta", como a convocação de uma greve geral.
O sindicalista escusou-se a revelar se irá convidar formalmente a UGT a integrar a paralisação e preferiu sublinhar a aposta na "unidade de ação de todas as organizações".
"Privilegiamos a unidade na ação de todas as organizações sindicais", afirmou.
O líder sindical indicou que "não são nos gabinetes" que se decidem as greves e sim "nos locais de trabalho", acrescentando esperar que as associações que contestam a atual política do país se junte na "jornada de luta".
O secretário-geral da CGTP tinha garantido que a manifestação de hoje foi a "maior jornada de luta dos últimos anos", organizada pela Intersindical Nacional.
Presente na manifestação que juntou milhares de pessoas no Terreiro do Paço, que a CGTP apelidou de "Terreiro do Povo", esteve o antigo líder da Intersindical, Carvalho da Silva.
Aos jornalistas, Carvalho da Silva argumentou ser necessário "dizer não, vencer os medos e partir para a construção de alternativas".
"Fico muito contente em a CGTP afirmar o que afirmou em relação ao compromisso de luta próxima. É preciso toda a convergência e a força dos trabalhadores é muito grande quando se unem", rematou.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2800058&page=-1
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