Nome Carla Carvalho
Idade 39 anos
Naturalidade/Residência Lisboa / Charneca da Caparica
Formação Faculdade de Motricidade Humana
Última profissão Recepcionista
Há quanto tempo desempregado desde 1 de agosto de 2012
Agregado familiar casada, tem dois filhos, gémeos
O que mudou na sua vida desde que ficou desempregado “não é a primeira vez que estou desempregada, já o estive mais vezes, esta não é uma experiência única para mim. as empresas vão fechando ou porque a carga fiscal é muito grande ou, outras vezes, porque os gestores dessas empresas não exercem da melhor forma e acabam por tirar partido próprio dos lucros das empresas e que as leva à falência. isso é um grande problema no nosso país, algo que acontece muito e é também por aí que fecham muitas delas”
Perspectivas de futuro “vou começar a procurar emprego. trabalhei em publicidade, na produção. trabalhei depois como recepcionista porque foi a única coisa que encontrei e antes fazer isso do que nada. vou tentar a todo o custo arranjar alguma coisa para fazer, vou correr as empresas, as coisas não estão fáceis, as empresas não estão a contratar, muito pelo contrário, mesmo as grandes empresas estão a despedir (…) há situações bem piores que a minha, seria bom que todas as situações fossem como a minha, pois neste momento o emprego do meu marido é estável, mas como sabemos, hoje estamos estáveis mas amanhã estamos sem emprego (…) isso aflige as pessoas e tira o sono. estamos num país que precisa de ter natalidade, temos filhos e o estado tira as comparticipações para as crianças, para o ensino e a perspectiva de futuro é negra. quando os políticos nos aconselham e emigrar é triste. o que estamos cá a fazer? porque estamos a ter filhos? quando as perspectivas são tão limitadas na sociedade e no ensino (…) sou uma pessoa optimista e portanto há dias em que vejo o copo meio cheio mas outros dias em que o vejo meio vazio. tento ser positiva e andar para a frente (…) muito francamente a visão do futura assusta-me pois tenho dois filhos pequenos. espero conseguir ter o suficiente não só para mim e para o meu marido, mas também para lhes oferecer uma vida como mínimo de perspectivas de futuro ( …) ir a um centro de emprego é deprimente estar lá dentro pois há sempre alguém numa situação pior, mais triste, e as vezes até nos sentimos mal por acharmos que estamos mal, mas é o estado da nação nos dias que correm”
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