Marcelo Rebelo de Sousa foi particularmente crítico da forma como o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou ao país as novas medidas de austeridade, no seu habitual comentário político na TVI.
"Para o mexilhão, foi concreto; para as outras espécies mais sofisticadas, vago", disse o ex-líder do PSD, aludindo à forma imprecisa como abordou a tributação do capital e de grandes empresas. De seguida, enunciou um conjunto de "descuidos", que entende poderem criar uma situação de "rutura psicológica" do país com Passos.
Para Marcelo, ficaram por explicar diversas questões, como a razão pela qual a austeridade não produziu até agora os efeitos esperados e qual a meta orçamental para 2013. Mais importante: qual a justificação para o que considera um "imposto escondido", o aumento da taxa social única para 18%.
"Espero que o primeiro-ministro explique por que não é um imposto", disse Marcelo, admitindo não ter dados para poder pronunciar-se sobre a constitucionalidade das medidas.
"Passos Coelho não teve a noção do impacto que isto tinha nos portugueses. Aqui também há um problema dos conselheiros dele", disse Marcelo Rebelo de Sousa. Acusando o primeiro-ministro de "impreparação", defendeu uma remodelação governamental urgente.
"Um ou dois dias depois desta comuniação, devia anunciar um remodelação no Governo. Assim as pessoas percebiam que isto toca a todos", argumentou.
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