A chanceler alemã, Angela Merkel, sublinhou, esta sexta-feira, que um eventual pedido de resgate da Espanha é da exclusiva competência do Governo de Madrid, garantindo que Berlim não exercerá qualquer pressão neste sentido.
"Até agora, não houve nenhum pedido de resgate, e por isso a Alemanha não exercerá qualquer pressão ou qualquer tentativa do género sobre a Espanha", garantiu Merkel em conferência de imprensa, após uma reunião, em Berlim, com o primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key.
Além disso, os países mais vulneráveis continuarão a beneficiar da solidariedade e de ajudas financeiras através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) ou do futuro Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), vincou Merkel.
"É claro, no entanto, que os países que quiserem usufruir dessa solidariedade têm de fazer um requerimento de ajuda", acrescentou a chanceler alemã, sem se referir diretamente à Espanha, que está na iminência de pedir um resgate para poder refinanciar a banca.
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Merkel mostrou-se ainda confiante na superação da crise das dívidas soberanas, afirmando que o euro sairá da atual situação reforçado a nível mundial.
No que se refere à repetição das eleições legislativas na Grécia, a 17 de junho, Merkel sublinhou reiterou que os parceiros europeus "desejam que a Grécia continue a ser membro da zona euro".
Para isso, no entanto, "o futuro governo terá de cumprir o memorando assinado com a União Europeia, o Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional", lembrou a chanceler alemã.
"O parlamento alemão votou a favor dos apoios financeiros à Grécia, mas o memorando é a base do desenvolvimento com sucesso do país, e é isso que tornámos claro junto de todos os que se candidatam a um mandato na Grécia", concluiu Merkel.
A Grécia, que já beneficiou de dois resgates da UE e do FMI, de 110 mil e de 130 mil milhões de euros, e de um perdão da dívida de 53,5 por cento por parte da grande maioria dos seus credores, nos últimos dois anos, não conseguiu formar novo governo após as legislativas de 06 de maio, apesar de prolongadas negociações entre democratas-cristãos, socialistas e esquerdistas moderados e radicais.
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