29/06/12

120 mil milhões para crescimento

Os líderes europeus acordaram esta quinta-feira, em Bruxelas, mobilizar 120 mil milhões de euros em medidas que fomentem o crescimento, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy.

Líderes europeus acordam 120 mil milhões para crescimento

Van Rompuy, que falava numa conferência de imprensa intercalar, pois a cimeira prosseguirá ao longo da noite, precisou que 60 mil milhões serão mobilizados através da alavancagem possível com o aumento do capital do Banco Europeu de Investimento, 55 mil milhões através da realocação de fundos não utilizados e os restantes 5 mil milhões através do projeto-piloto de "project bonds" (obrigações de projetos).

O dinheiro do BEI será sobretudo destinado aos países mais vulneráveis e a realocação de fundos visará designadamente as pequenas e médias empresas, acrescentou.

Rompuy e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, indicaram que as discussões prosseguirão ao jantar com uma discussão sobre a estabilidade financeira, por esta também estar ligada à agenda ao crescimento, acrescentando que também foi discutido o orçamento da União pós-2013 (2014-2020) enquanto um elemento fundamental para promover o crescimento no longo prazo.

As medidas para o crescimento a curto prazo -- tão reclamadas por Espanha e Itália, particularmente -- serão discutidas na cimeira de líderes da zona euro que terá lugar na sexta-feira à tarde, disseram.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2637822

28/06/12

Despedimentos de 300 trabalhadores na Delphi

Mais despedimentos e ainda andam os nossos governantes a dizer que têm medidas na algibeira!!!


Os 300 despedimentos anunciados a meio do mês na fábrica de componentes para automóveis Delphi, em Castelo Branco, vão acontecer de forma faseada até meados de julho.


A fábrica emprega 1.300 pessoas e a redução do número de trabalhadores deve-se "à mudança para outro país de uma linha de produção da marca Land Rover", explicou Gabriela Gonçalves, dirigente do dirigente do Sindicato das Indústrias Transformadoras (SITE).

A linha vai produzir componentes "enquanto houver encomendas", o que deverá acontecer até meio do mês, sem data específica, referiu.

De acordo com a dirigente, o SITE espera nos próximos dias conseguir reunir com um dos responsáveis pela fábrica para discutir a situação.

Alguns trabalhadores "já foram dispensados e outros já estão a receber as cartas de rescisão de contrato", acrescentou.

Há funcionários que "têm esperança em conseguir regressar à fábrica, mas não se sabe quando, nem de que forma, porque não há garantias" sobre se Castelo Branco vai conquistar alguma nova linha de produção, refere Gabriela Gonçalves.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2636315&page=-1

O Rosto do Desemprego - 59

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Nome   Iná­cia Fer­nan­des

Idade   43 anos

Naturalidade/Residência   Moçam­bique / Lis­boa

For­mação  Licen­ci­ada em Gestão de Recur­sos Humanos

Última profis­são   empresa de serviços de pro­dução de apar­elho de purifi­cação do ar

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde junho de 2011

Agre­gado famil­iar   casada, tem três fil­hos depen­dentes

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “o nível de vida, cortei em algu­mas despe­sas, nomeada­mente o carro, que uso menos. tive de cor­tar em algu­mas coisas, reduzir, e com­prar coisas mais baratas, porque agora ganha-se menos do sub­sí­dio de desem­prego…”

Per­spec­ti­vas de futuro   “sou por natureza uma pes­soa bas­tante pos­i­tiva, e não desisto facil­mente. tenho tido algu­mas respostas pos­i­ti­vas, que não têm o mesmo nível salar­ial que tinha ante­ri­or­mente, mas estou dis­posta a aceitar (…) tenho esper­ança que mais tarde ou mais cedo  vai apare­cer alguma coisa”

O Rosto do Desemprego - 58

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Nome   Pedro Sousa Salema de Araújo

Idade   32 anos

Naturalidade/Residência   Lisboa

For­mação   Licen­ci­ado - Téc­nico Supe­rior de Educação

Última profis­são    Téc­nico de For­mação no Insti­tuto para o Desen­volvi­mento Humano

Há quanto tempo desem­pre­gado desde 1 de Abril de 2012 “dia das men­ti­ras,  até parece que é mentira”

Agre­gado famil­iar   tinha casa, por causa da sua situ­ação voltou a viver com os pais, um filho de 4 anos e a sua companheira

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “deixei de viver a vida. passei a sobre­viver, a com­prar ape­nas o essên­cial. se tinha alguns luxos, se é que se pode chamar luxos, deixei de os ter.  evitei via­gens de carro, deixei de ir tan­tas vezes à praia. come­cei a fazer mais pro­gra­mas em casa. deixei mais de viver a mimha vida e a viver mais a vida do meu filho,  porque neste momento o din­heiro que tenho é para isso mesmo, para ele, para a sua escola”

Per­spec­ti­vas de futuro   “ouvi­mos sem­pre que vai tudo pio­rar, o nosso povo é um pouco pes­simista mas tenho expec­ta­ti­vas que isto dê a volta acabe este ciclo neg­a­tivo e começe outro pos­i­tivo, que a taxa de desem­prego não aumente, antes diminua.  espero con­seguir ter um posto de tra­balho, que recu­pere um pouco este tempo que perdi, que não é muito, que não deixe mossas e eu con­siga recu­perar o meu emprego, a minha vida”

Mentir no Currículo

A verdade está acima de tudo, mas não tem de explicar porque foi despedido ou porque demorou tanto tempo a acabar o curso. Omita não minta

Pinóquio

Diz a sabedoria popular que mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo. A máxima não deve ser esquecida quando se apresentar a uma empresa. O currículo deve ser real, e não deve querer ser mais do que é realmente. Ainda assim, se não se considera suficientemente bom para uma determinada função, diga apenas meia verdade.

Como? Tudo o que entra para o currículo deve ser real. Não pode nem deve inventar experiências que não tem nem formações a que nunca assistiu – até porque o empregador pode tentar confirmá-las e sairá mal visto. Sabia que os currículos deviam ser submetidos a um teste? Mentir no currículo pode trazer mais problemas que oportunidades, mas existem truques que pode aproveitar, para ocultar pontos menos positivos, como lembra Julie Gray, autora do livro How to Get a Job with the right CV, ao Expansíon.
(Aprenda a fazer um bom currículo em dez passos)

Como explica, há pequenas coisas que não tem de contar: porque saiu do emprego anterior, porque está desempregado há dois anos, porque não terminou esta ou aquela atividade, porque demorou 7 nos para terminar o curso.

Os desfasamentos laborais são normais. Mas pode evitá-los se, por exemplo, em vez de colocar o dia, mês e ano em que realizou algo, colocar apenas o mês e o ano. A autora refere que pode também inverter a ordem do que escreve: primeiro os conhecimentos, depois a experiência. Assim, as datas não irão assumir tanta importância, e o futuro empregador terá algo mais interessante para ver antes de perceber que não trabalha há três anos.

Fonte: http://www.dinheirovivo.pt/Emprego/Artigo/CIECO050848.html

O Rosto do Desemprego - 57

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Nome   Soraia Araújo

Idade   19 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação  12ºano

Última profis­são   oper­adora na TMN,  na PT con­tact,  ao nível de back­of­fice (trata­mento do cliente a níveis inter­nos)

Há quanto tempo desem­pre­gado   há uma sem­ana, desde 20 de junho de 2012

Agre­gado famil­iar   vive soz­inha

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “os con­tratos são a termo incerto, tem­porários, ren­o­va­dos men­salmente. vinha na clausula do con­trato que quando há muito tra­balho somos con­trata­dos, quando há pouco tra­balho somos dis­pen­sa­dos a qual­quer altura. houve uma baixa de tra­balho e eu fui dis­pen­sada de uma forma sim­ples. pegaram em mim e dis­seram: ‘és a mais nova, vai te emb­ora’.  é extra­or­di­nario porque eu não tenho dire­ito a fundo de desem­prego como tra­bal­hei só 9 meses. se tivesse tra­bal­hado 10 meses já teria”

O Rosto do Desemprego - 56

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Nome   Maria Paula Adrião Mon­tez

Idade   47 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa / Algés

For­mação   Curso de Lín­guas e Lit­er­atura Modernas

Última profis­são   colab­o­ração na edi­tora de livros Ática, colab­o­ração com a Câmara de Oeiras na recolha de histórias orais

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde 2003

Agre­gado famil­iar   casal com dois fil­hos depen­dentes

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   ” considero-me da 1ª leva de precários. sem­pre tra­bal­hei desde os 17 anos em várias coisas: Loja das Meias, Ática, traduções, colab­o­rações várias, etc… em 1993 inter­rompi o curso uni­ver­sitário, fui para os Açores.  voltei, em 2003, fui ao cen­tro de emprego de Cas­cais onde fui acon­sel­hada a acabar a licen­ciatura. quando a ter­minei voltei lá e pas­sei a ter habil­i­tações a mais. nunca se está ade­quado; isto para citar o josé mário branco (fmi) “neste país onde se acha nor­mal haver mãos des­ocu­padas e ter­ras por cul­ti­var”   ”

Per­spec­ti­vas de futuro   “fui e sou mãe a tempo inteiro. sem a ajuda famil­iar nunca teria sido pos­sível. sem­pre tive pequenos tra­bal­hos, precários, mal remu­ner­a­dos e incer­tos. As pes­soas têm de se jun­tar em coop­er­a­ti­vas, tro­cas de serviços e de ali­men­tos, pro­duzirem uma parte do que con­somem, não ficarem tão depen­dentes deste sistema ”

O Rosto do Desemprego - 55

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Nome   Luís Fil­ipe Costa Lopes

Idade   43 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação   4ª classe / Ser­ral­heiro civil

Última profis­são   Ser­ral­heiro civil

Há quanto tempo desem­pre­gado   1 ano e um mês

Agre­gado famil­iar   4 pes­soas, o casal e dois fil­hos, um deles menor

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “muita coisa, prob­le­mas famil­iares (…) muito com­pli­cado a nível de finanças, as coisas estão se a agravar, envolve muita coisa família, fil­hos, mãe com mais de 60 e vários prob­le­mas de saúde ”

Per­spec­ti­vas de futuro   “pou­cas ou nen­hu­mas (…) dev­ido à minha situ­ação  não penso em emi­grar pois tenho cá casa, o que é que eu iria fazer lá fora…”

RSI vedado

As novas regras do rendimento social de inserção (RSI), que reforçam o carácter transitório do apoio e que vedam o acesso à prestação dos presos preventivos e de quem detenha património superior a 25 mil euros, foram publicadas ontem em Diário da República.

Beneficiários do RSI vão ter de participar em programas de ocupação

O decreto-lei, que vigora já a partir de 1 de Julho, introduz mudanças também noutras prestações sociais: das baixas por doença à protecção na maternidade, passando pelas pensões de sobrevivência que são igualmente reduzidas.

Em conformidade com o pacote de revisão das prestações sociais que o Governo apresentou em Abril em sede de concertação social (e que no tocante ao RSI foi alvo de duras críticas por alegadamente estigmatizar os beneficiários daquela prestação), o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social escuda-se na situação financeira do país para justificar o reforço do carácter transitório da prestação.

Excluídos do RSI ficam desde logo todos os que detenham património superior a 60 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (419,22 euros). Contas feitas, ninguém com mais de 25 mil euros, em dinheiro ou bens imóveis e móveis (o decreto-lei vai ao pormenor de incluir embarcações ou aeronaves), terá direito àquela prestação. De fora ficam também todas as pessoas que estejam em prisão preventiva ou institucionalizadas em equipamentos financiados pelo Estado.

Por estes dias podem candidatar-se ao RSI todos os que possuam residência legal em Portugal. A partir de segunda-feira, os candidatos ao RSI terão de residir em Portugal há pelo menos um ano, se forem provenientes da União Europeia. Os restantes terão de somar três anos de residência legal no país.

Majoração de 5% nas baixas

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/rsi-vedado-a-partir-de-segunda-a-quem-tem-mais-de-25-mil-euros-1552445

24/06/12

O Rosto do Desemprego - 54

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Nome   Tânia Patrí­cia Imag­inário Coelho

Idade   24 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação  12º ano Curso de Desporto nível 3

Última profis­são   Oper­ador de Call Cen­ter

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde 8 de Dezem­bro de 2011

Agre­gado famil­iar   a filha e o marido, que está numa for­mação para assi­nar con­trato de tra­balho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “tudo. as saí­das, o esticar o din­heiro até ao final do mês para con­seguir pagar as con­tas (…) estar com a minha filha é muito bom mas tomar conta dela todo o dia impede-me de con­seguir ter um emprego a tempo inteiro”

Per­spec­ti­vas de futuro   “neste momento a minha primeira per­spec­tiva é mesmo con­seguir arran­jar uma creche para a minha filha (as públi­cas não têm vagas) para eu con­seguir ir tra­bal­har (…) con­seguirmos ter os dois emprego para poder­mos ter um futuro melhor”

Barco a Bom Porto

Cavaco no Porto diz que Portugal tem de levar "o barco a bom porto"


Na primeira visita como presidente da República ao S. João, no Porto, Cavaco Silva disse, este sábado, que Portugal precisa de "fazer todo o possível para que o barco chegue a bom porto".

Cavaco Silva, acompanhado pela mulher, Maria Cavaco Silva, está este sábado no Porto, a convite do presidente da câmara, Rui Rio, naquela que é a sua estreia como presidente da República nas festas de S. João da cidade.

Cavaco no Porto diz que Portugal tem de levar "o barco a bom porto"

Depois de uma visita ao Museu Nacional da Imprensa, o presidente da República embarcou para um passeio no Rio Douro, tendo falado aos jornalistas na embarcação onde vai jantar e assistir ao típico fogo-de-artifício de S. João, em registo informal.

"Eu espero que o barco aguente e por isso tenho aconselhado a que não corram rapidamente de um lado para o outro, para que não aconteça qualquer acidente. No dia de hoje temos que fazer todo o possível para que tudo vá no bom sentido, para que o barco chegue a bom porto. E é isso também que Portugal precisa", disse.

Sublinhando que esta "é a noite mais longa dos portuenses", Cavaco Silva disse que esta é uma noite especial para todo o Norte do país e que "o Porto polariza hoje as atenções".

"E por isso todo o meu olhar hoje vai para a cidade do Porto e para os festejos que aqui se celebram e que são uma marca profunda desta cidade. E cada cidade tem que saber encontrar aquilo que é específico, que é a sua essência, que marque a sua identidade e portanto que se distingue de todas as outras. E o S. João é uma marca distintiva da cidade do Porto", afirmou.

O presidente da República confessou ainda que aguarda com "curiosidade" o fogo-de-artifício, mas não só: "espero antes disso ter a oportunidade de confortar o meu estômago com as sardinhas desta parte do país e que espero que venham também acompanhadas do caldo verde".

Para alé m de Rui Rio, na embarcação Douro Azul estão ainda o ministro da Saúde, Paulo Macedo, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel, o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, entre outras figuras da cidade.

O Rosto do Desemprego - 53

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Nome   Marta G.

Idade   35 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação  Licen­ciatura em Ciên­cias da Comu­ni­cação / Mestrado em Econo­mia Social e Solidária

Última profis­são   Ani­mação Socio-Cultural (facil­i­ta­dora de edu­cação para o desen­volvi­mento) activi­dade exer­cida numa escola

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde fevereiro de 2012

Agre­gado famil­iar   solteira

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “de pos­i­tivo: permitiu-me uma auto-organização do dia-a-dia e do meu tempo;  de neg­a­tivo: a falta de lig­ação a proces­sos profis­sion­ais e metedolo­gias. Na parte finan­ceira tenho a sorte de ter ajuda”

Per­spec­ti­vas de futuro   “pre­tendo acabar a minha tese de mestrado a curto prazo: “mapear exper­iên­cias de con­sumo crítico em Lis­boa” e fazer desen­volvi­mento e ani­mação social”

O Rosto do Desemprego - 52

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Nome   Mário Pedro God­inho Bar­reiros

Idade   36 anos

Naturalidade/Residência   Évora / Arraio­los

For­mação   Caix­eiro Auto (secção peças)

Última profis­são   Caix­eiro Auto

Há quanto tempo desem­pre­gado   8 meses

Agre­gado famil­iar   sem fil­hos, vive junto, com com­pan­heira

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “estive 19 anos na mesma empresa; com esta nova situ­ação muda tudo: os hábitos, os com­por­ta­men­tos; ao princí­pio é um pouco difí­cil de encarar, vemo-nos num beco sem saída, há que lev­an­tar a cabeça”

Per­spec­ti­vas de futuro   “entrar no mer­cado de tra­balho o mais breve possível,seja qual for a área, não tenho inter­esse nen­hum em con­tin­uar no desemprego”

22/06/12

O Rosto do Desemprego - 51

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Nome   Maria Inês Ramos Martins

Idade   25 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação   Licen­ci­ada em Soci­olo­gia, actual­mente fre­quenta licen­ciatura em Economia

Última profis­são   empre­gada em  loja de roupa

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde maio de 2011

Agre­gado famil­iar   vive com os pais

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “é frus­trante e angus­tiante tirar uma licen­ciatura, no meu caso já vou na segunda, e não encon­trar nada, quer a nível de emprego qual­i­fi­cado quer a nível de tra­balho emprego desqual­i­fi­cado, que tam­bém pouco se encon­tra, é muito frus­trante”

Per­spec­ti­vas de futuro   “ir emb­ora. sair do país. para a Europa, Brasil, África, qual­quer lugar… ”

19/06/12

O Rosto do Desemprego - 50

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Nome   Paulo Jorge Figueiredo Fer­reira

Idade   37 anos

Naturalidade/Residência   Guarda / Lis­boa

For­mação   Empre­gado de bal­cão

Última profis­são   Empre­gado de bal­cão

Há quanto tempo desem­pre­gado   há cerca de 3 anos

Agre­gado famil­iar   casado, tem 3 fil­hos menores

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “mudou muita coisa. tudo a nível finan­ceiro. deixá­mos de sair. a minha mul­her faz umas horas a tomar conta de um  sen­hor idoso. o din­heiro que ela ganha e o restante do rendi­mento não dá para as despe­sas, com três fil­hos é com­pli­cado”

Per­spec­ti­vas de futuro   “não há. enquanto não arran­jar tra­balho, não as tenho. depois de arran­jar tra­balho e de ter um rendi­mento certo é que passa a haver (…) eu já fiz várias coisas na vida, o que eu gosto mais é da hote­laria. caso não apareca aí nada nessa área, há a carta de con­dução para fazer out­ras coisas (…) posso ser ser­vente, aju­dante de qual­quer coisa, mas infe­liz­mente nes­sas áreas não aparece nada,  se o desem­prego está a aumen­tar não vejo per­spec­ti­vas de arran­jar tra­balho; torna-se mais cada vez mais difícil”

Louçã: "Portugal precisa de se revoltar"

Francisco Louçã considerou nesta segunda-feira que o país deve revoltar-se contra a austeridade e uma política de “terra queimada” que só conduz ao desastre e à falência da economia.

Francisco Louçã defendeu que os gregos deram um sinal à Europa contra a austeridade

Numa reacção aos resultados das eleições de domingo na Grécia, o líder do BE, que falou em Lisboa na sede do partido, considerou que a Grécia “não tem solução na crise da sua dívida” e que o povo grego demonstrou que a democracia é a voz capaz de responder à austeridade.

Francisco Louçã congratulava-se assim com os resultados obtidos pelo Syriza, segunda força política na Grécia, e considerava que significam “um sinal fortíssimo para a Europa e para Portugal também”.

“Portugal precisa de se revoltar para recuperar a sua economia, a sua dignidade e a sua vida”, afirmou o líder bloquista.

Criticando um “efeito dominó” dos países sob resgate financeiro, e dando como exemplos a Irlanda, a Grécia, Portugal, Espanha e a hipótese de Itália, Louçã voltou a criticar a “estupidez europeia” e o ”fanatismo orçamental” como trilhos da falência dos países em dificuldades financeiras. “Só uma viragem pode salvar o euro de um fanatismo liberal”, afirmou.

Francisco Louçã deixou ainda um alerta aos socialistas portugueses, e em especial ao secretário-geral António José Seguro, ao defender a construção de uma força política capaz de responder à troika.

Publico: http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/louca-portugal-precisa-de-se-revoltar-1550895

O Rosto do Desemprego - 49

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Nome   João da Con­ceição Cabral Vieira

Idade   50 anos

Naturalidade/Residência   Goa / Lisboa

For­mação   Curso de Coz­in­heiro e Pastelaria

Última profis­são   Oper­ador de Máquinas

Há quanto tempo desem­pre­gado   2 anos

Agre­gado famil­iar   viúvo, os fil­hos já são independentes

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “é uma grande difi­cul­dade aquilo por que passo, é aquela neces­si­dade, procura aqui procura acolá (…) tenho tam­bém o apoio da familia, de resto…”

Per­spec­ti­vas de futuro   “quero ver se arranjo tra­balho, de prefer­ên­cia naquilo em que me formei, para ter o meu sus­tento, para não viver à custa dos outros”

18/06/12

O Rosto do Desemprego - 48

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Nome   Paula Pereira

Idade   41 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação   Orga­ni­za­ção de even­tos por todo o mumdo

Última profis­são   Orga­ni­za­ção de evento da ordem dos médi­cos de Angola

Há quanto tempo desem­pre­gado

Agre­gado famil­iar   mãe solteira sem apoio do estado   “o estado diz que tenho dire­ito a 27 euros de rsi e por isso a mis­er­icór­dia não pode comparticipar”

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “decidi deixar de tra­bal­har, não mais com­pactuar com a cor­rupção; decidi não com­pactuar com sis­tema que nos oprime. considero-me overqual­i­fied, com ati­tude a mais, ideias a mais, não aceito qual­quer coisa”

Per­spec­ti­vas de futuro   “o tecido empre­sar­ial, a par dos políti­cos, é mediocre, não tem cria­tivi­dade, só pensa no lucro: a política não é feita por políti­cos (…) vejo sociedade gerida pelas pes­soas, vou fazer tudo para isso possa ser possível”

O Rosto do Desemprego - 47

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Nome   Nuno Simões

Idade   44 anos

Naturalidade/Residência   Sintra/ Lsboa

For­mação   12º ano, Ser­ral­heiro Civíl

Última profis­são   Manutenção Indus­trial

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde out­ubro de 2011

Agre­gado famil­iar   divor­ci­ado, tem uma filha que vive com a mãe, a quem paga a pen­são de alimentos

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “mudou muito, tenho uma vida total­mente difer­ente. mudu­ram as min­has roti­nas, os meus hábitos de lazer, as férias. tudo mudou muito “

Per­spec­ti­vas de futuro   “está a tirar um curso de manutenção indus­trial de nível 5 para ver se con­sigo mel­ho­rar as min­has habil­i­tações para entrar mais facil­mente no mer­cado de trabalho ”

Eleições Gregas

Partido pró-austeridade venceu as eleições gregas

O partido de centro-direita Nova Democracia foi o mais votado nas eleições legislativas gregas deste domingo, com 29,7% dos votos, contra os 26,9% do Syriza (Coligação de Esquerda Radical) e os 12,3% do socialista PASOK.

Em assentos parlamentares, estes resultados traduzem-se em 129 deputados para o Nova Democracia (contando já com o bónus de 50 para o vencedor), 71 ao Syriza e 33 ao PASOK.

"Não vai haver mais aventuras, o lugar da Grécia na Europa não será posto em causa”, disse Antonis Samaras

“Os gregos votaram hoje para continuar na via europeia e na zona euro. Não vai haver mais aventuras, o lugar da Grécia na Europa não será posto em causa”, assegurou o líder do partido pró-resgate Nova Democracia, Antonis Samaras, no seu discurso de vitória. “Estou aliviado pela Grécia e pela Europa e vamos formar governo logo que possível.”

Tudo aponta para que o resultado das legislativas deste domingo conduza a um desfecho diferente do das eleições inconclusivas de 6 de Maio. Isto porque uma coligação do Nova Democracia com o PASOK daria aos dois partidos 162 deputados – pouco mais do que os 151 necessários para uma maioria, mas suficientes para formar governo.

Mas um governo composto por apenas estas duas forças políticas seria um governo fraco, segundo vários analistas.

Daí que logo ao início da noite tenham chegado do quartel-general do PASOK notícias das intenções do partido de incluir no Governo o Syriza e ainda a direita populista dos Gregos Independentes, que emerge como quarta força política no novo Parlamento, com 7,5% dos votos e 20 assentos. Nenhuma decisão pode ser tomada sem esta unidade nacional”, disse o líder socialista Evangelos Venizelos. E que, pouco depois, Samaras, tenha apelado à formação de um governo de “unidade nacional”.

Um convite que o líder do Syriza declinou de imediato. “Telefonei a Samaras para o felicitar, ele pode formar um governo”, afirmou Alexis Tsipras, que reconheceu a derrota face à direita nas legislativas deste domingo, depois de nas primeiras sondagens à boca das urnas o seu partido ter surgido apenas meio ponto percentual abaixo do Nova Democracia.

“Estaremos presentes na oposição, representaremos aqueles que estão contra o memorando” e as políticas de austeridade da União Europeia e do FMI, prometeu Tsipras.

Da sede do Nova Democracia chegaram ao início da noite eleitoral informações de que as negociações para a formação de um governo, tarefa para a qual serão dados ao partido dez dias, terão por base alguns pontos. O primeiro-ministro terá de ser o líder do partido. Antonis Samaras anunciará uma “base de programa de Governo para manter o país no Euro e renegociar alguns pontos do memorando” com a troika.

À semelhança daquilo que tinha acontecido em Maio, a abstenção, de 38%, voltou a ser das mais elevadas dos últimos anos.

De resto, mantêm-se no Parlamento os mesmos sete partidos que conseguiram assentos nas eleições de 6 de Maio. O quinto lugar foi ocupado neonazis do Aurora Dourada com 7% e 18 deputados – apesar do incidente da agressão do seu porta-voz em plena entrevista televisiva.

“A votação de hoje prova que o movimento nacionalista veio para ficar”, disse o líder do Aurora Dourada, Nikolaos Mihaloliakos numa mensagem transmitida pela televisão. “Ofereço as mais sentidas condolências a todos aqueles que tentaram não só reduzir o apoio à Aurora Dourada, como também evitar que entrasse no Parlamento.”

Em sexto lugar ficou o Esquerda Democrática (Dimar), que conseguiu 6,2% dos votos e 17 deputados, seguido do Partido Comunista, com 4,5% e 12 assentos parlamentares.

16/06/12

O Rosto do Desemprego - 46

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Nome   Carla Alexan­dra Moug­inho Rat­inho

Idade   21 anos

Naturalidade/Residência   Évora

For­mação   9º ano incom­pleto

Última profis­são   fez algu­mas limpezas

Há quanto tempo desem­pre­gado nunca chegou a tra­bal­har

Agre­gado famil­iar   solteira, vive com os pais

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “pouca coisa ou nen­huma. nunca cheguei a ter um emprego. as coisas têm sido assim, mais ou menos a mesma coisa”

Per­spec­ti­vas de futuro   “nen­hu­mas. foi sem­pre tudo mal. o futuro não sei o que vai trazer. vamos esperar o que aí vem. pode ser que ainda acabe por melhorar”

O Rosto do Desemprego - 45

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Nome   Paulo Gomes

Idade   46 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação   Coz­in­heiro

Última profis­são   Coz­in­heiro

Há quanto tempo desem­pre­gado   3 anos

Agre­gado famil­iar   vive soz­inho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “a minha maneira de ver o mundo, mas não muito, ape­nas um pouco (…)  se quero mudar o mundo tenho de ser activo (…) como vamos mudar alguma coisa se não fiz­er­mos nada”

Per­spec­ti­vas de futuro   “nen­hu­mas”

Aumento de 7,4% no gás e de 2% na electricidade

As famílias com consumos elevados de energia e os pequenos negócios vão sofrer um aumento de 7,4% no preço do gás e de 2% na electricidade, revelou a ERSE esta sexta-feira.

<p>ERSE anunciou valores das tarifas transitórias</p>

A partir de Julho, muitas pequenas empresas e algumas famílias vão passar a pagar a chamada tarifa transitória, aplicada aos consumidores que já não têm direito à tarifa regulada mas ainda não fizeram nenhum contrato com comercializadores do mercado livre. Em causa estará um aumento de 7,4% no gás natural e de 2% na electricidade, de acordo com os valores divulgados esta sexta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Esta entidade confirmou ainda que na tarifa regulada se verifica um aumento de 6,9% no gás natural.

Estas alterações de preço, que passarão a ser trimestrais, vão afectar pela primeira vez todos os consumidores em baixa tensão normal, o que abrange os pequenos negócios e empresas e famílias com potência contratada acima dos 20,35 kVA. No caso do gás natural, a subida ontem anunciada aplica-se aos consumidores acima de 500 metros cúbicos por ano, o que inclui por exemplo muitos restaurantes, negócios de hotelaria e residentes em moradias com aquecimento central. De fora ficam os consumidores domésticos, que se mantêm na tarifa regulada até ao final deste ano.

Fonte: http://economia.publico.pt/Noticia/aumento-de-74-no-gas-e-de-2-na-electricidade-1550554

13/06/12

O Rosto do Desemprego - 44

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Nome   Andresa Salgueiro

Idade   36 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação   Psi­cope­d­a­gogia

Última profis­são   Gestora de for­mação em hote­laria de 4/5 estre­las

Há quanto tempo desem­pre­gado   por opção, desde dezem­bro de 2011

Agre­gado famil­iar   divor­ci­ada

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “assumi pro­jecto de viver 1 ano, 11 dias, 11 horas e um min­uto com 1111 euros. foi um pro­jecto pes­soal que pas­sou a nacional (pro­jecto believe in Por­tu­gal) tudo o resto é com tro­cas. come­cei a 11 de dezem­bro de 2011 e vai até 21 de dezem­bro de 2012. até fim de abril gastei 290 euros… o que mudou foi mudar o mundo, as pes­soas estão a fazer mais tro­cas“

Per­spec­ti­vas de futuro   “que o mundo adopte as tro­cas como sis­tema económico”

O Rosto do Desemprego - 43

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Nome   Artur Jorge San­tos Pereira

Idade   31 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação   Ser­ral­heiro

Última profis­são   Ser­ral­heiro

Há quanto tempo desem­pre­gado   há mais de 3 anos

Agre­gado famil­iar   vive com o pai, que está igual­mente desem­pre­gado

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “muita coisa. quero aju­dar o meu pai e não con­sigo. quero com­prar coisas que não posso. está bas­tante difí­cil. há quem pense que está fácil mas não. está cada vez mais difí­cil “

Per­spec­ti­vas de futuro   “espero que isto mude. mas só se mudar para pior. não estou a ver mel­ho­ras nen­hu­mas. vamos ver com o tempo…”

O Rosto do Desemprego - 42

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Nome   Hélder Giroto Paiva

Idade   26 anos

Naturalidade/Residência   Cas­tro Daire / Évora

For­mação   Licen­ci­ado em Biolo­gia (ramo cien­tí­fico análises lab­o­ra­to­ri­ais)

Última profis­são   Pro­fes­sor

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde Julho de 2011

Agre­gado famil­iar   vive soz­inho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “não mudou muito. foi uma opção minha ficar desem­pre­gado. pode­ria con­cor­rer a ofer­tas de escola (ensino), mas optei por fazer for­mação. aposto na minha for­mação“

Per­spec­ti­vas de futuro   “vou fazer mestrado profis­sion­al­izante de ensino. nunca se sabe. muda de um mês para o outro. fica tudo em aberto. até uma saída para o estrangeiro”

12/06/12

O Rosto do Desemprego - 41

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Nome   Cristina God­inho

Idade   41 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação   Aju­dante Famil­iar

Última profis­são   Aju­dante Famil­iar

Há quanto tempo desem­pre­gado   8 a 9 anos

Agre­gado famil­iar   vive com a filha (com defi­ciên­cia grave)

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “muda muita coisa, uma pes­soa tem de andar a con­tar os tro­cos. tem que se poupar em muitas coisas. viver mesmo no lim­ite, ten­tar con­tro­lar tudo“

Per­spec­ti­vas de futuro   “sin­ce­ra­mente não tenho muitas per­spec­ti­vas. tendo uma cri­ança com uma defi­ciên­cia ainda é muito mais com­pli­cado. venho ao cen­tro de emprego de 15 em 15 dias porque estou a rece­ber o rendi­mento. não há tra­balho e quando aparece, não posso aceitar porque não tenho onde deixar a minha filha”

1,3 milhões de empregos disponíveis na Europa

Há 24,6 milhões de desempregados no conjunto da União Europeia (UE), 17,4 milhões no espaço da Zona Euro, mas segundo dados recolhidos pelo The Guardian, com base nos Serviços Europeus de Emprego – EURES, há quase 1,3 milhões de empregos disponíveis na Europa. A Alemanha, como quase 423 mil empregos, é quem está a colocar mais ofertas, e Portugal tem apenas 1475 postos de trabalho disponíveis.

empregos

A Alemanha segue à frente na oferta de postos de trabalho, mais exatamente com 422.529 empregos com destaque para as áreas da eletricidade e eletrónica, mecânica, logo seguidas pelos arquitetura e engenharias. No segundo lugar do pódio, encontramos o Reino Unido, com 331.388 empregos, com especial destaque para empregados de balcão e demonstradores de produtos, logo seguidos por consultores comerciais e técnicos de finanças. Itália surge em terceiro lugar, com 66.264 ofertas, com destaque para os financeiros e comerciais.

Portugal oferece apenas 1475 empregos, dando prioridade a empregados domésticos e de restaurante, logo seguido pelo têxtil, uma indústria de mão-de-obra intensiva que em média não exige grandes qualificações. Espanha, onde há 4,7 milhões de desempregados, a oferta é igualmente escassa: 1726 postos de trabalho. A Alemanha, por contraste com Portugal, está à procura de profissões para áreas onde se exige trabalho mais qualificado.

10/06/12

O Rosto do Desemprego - 40

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Nome   Car­los Manuel Gonçalves

Idade   56 anos

Naturalidade/Residência   Mil­harado / Mafra

For­mação   Téc­nico Admin­is­tra­tivo

Última profis­são   Téc­nico Admin­is­tra­tivo

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde dezem­bro de 2008

Agre­gado famil­iar   casado, com um filho depen­dente

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “Mudou bas­tante. Toda esta situ­ação que se depara a todos nós por­tugue­ses, para mim começou há mais de 3 anos. Prin­ci­pal­mente a questão psi­cológ­ica é muito com­pli­cada. Claro que estive com o sub­sí­dio de desem­prego durante 3 anos, que já ter­mi­nou há bas­tantes meses e a situ­ação agravou-se dev­ido a isso. Como se não bas­tasse a minha esposa é fun­cionária pública, a con­trato. Tudo tam­bém se agravou porque o orde­nado dela baixou 22% nos últi­mos meses“

Per­spec­ti­vas de futuro   “As per­spec­ti­vas com 56 anos são zero. Porque aquilo que mais se ouve é:  velho. É se velho. Estou recep­tivo a todo e qual­quer emprego. Se for a nível fisico tenho lim­i­tações dev­ido a 5 hér­nias dis­cais, tudo o que implique força não posso fazer”

O Rosto do Desemprego - 39

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Nome   Tânia Ornelas

Idade   33 anos

Naturalidade/Residência   Machico/Lisboa

For­mação   Arqui­tec­tura

Última profis­são   Arqui­tec­tura, com pequenos tra­bal­hos de tele­mar­ket­ing pelo meio

Há quanto tempo desem­pre­gada   desde Março de 2011

Agre­gado famil­iar   2 pes­soas, sem depen­dentes

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “apercebi-me mais da crise, mas quero tam­bém ver as coisas como uma opor­tu­nidade, ten­tar fazer um negó­cio, emb­ora as per­spec­ti­vas de desen­volvi­mento de um negó­cio a este nível sejam fran­ca­mente  más e as da con­strução (cívil) tam­bém“

Per­spec­ti­vas de futuro   “não exis­tem boas per­speti­vas. Se cal­har mudar para um outro sitio que não Por­tu­gal, que a nível de arqui­tec­tura, na área está muito mal. Talvez Angola, Macau, Moçam­bique, Brasil,  Aus­trália, para já uma pes­soa está a ati­rar para todos os lados,(…) ten­tar abrir possibilidades”

09/06/12

O Rosto do Desemprego - 38

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Nome   Rogério Rodrigues

Idade   49 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa

For­mação   Designer Grá­fico

Última profis­são   direc­tor de mar­ket­ing de com­pan­hia luso-espanhola

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde 2006

Agre­gado famil­iar   dupla­mente divor­ci­ado, tem dois fil­hos com os quais não vive, neste momento vive em casa dos pais

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “Tudo. tinha um rendi­mento na casa dos 5000 euros e agora não. É sim­ples (…) eu já não respondo para Por­tu­gal. Deixei de  o fazer. Como falo Inglês; Francês, espan­hol, estou a ten­tar saír do país o mais breve pos­sível, essen­cial­mente para a Europa (…) não vejo condições em Africa, só oiço falar mal de África, e América do Sul, nomeada­mente o Brasil não me atraem    “

Per­spec­ti­vas de futuro   “Nen­hu­mas. Não é fácil. Tenho uma pasta de envios de emails que já pas­saram os 2000 e tal (sem resposta). Não é fácil para uma pes­soa com eu que já pas­sou o 49 anos, aqui somos sub­val­oriza­dos, somos vel­hos mas lá fora ainda temos uma opor­tu­nidade, não somos tão velhos”

Merkel e o resgate Espanhol

A chanceler alemã, Angela Merkel, sublinhou, esta sexta-feira, que um eventual pedido de resgate da Espanha é da exclusiva competência do Governo de Madrid, garantindo que Berlim não exercerá qualquer pressão neste sentido.

"Até agora, não houve nenhum pedido de resgate, e por isso a Alemanha não exercerá qualquer pressão ou qualquer tentativa do género sobre a Espanha", garantiu Merkel em conferência de imprensa, após uma reunião, em Berlim, com o primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key.


A chanceler voltou a referir-se á crise na zona euro, sublinhando que para garantir a estabilidade da moeda única e aumentar a competitividade dos países membros "é necessário um conjunto de medidas, incluindo reformas estruturais e possibilidades de aumentar o crescimento económico".

Além disso, os países mais vulneráveis continuarão a beneficiar da solidariedade e de ajudas financeiras através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) ou do futuro Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), vincou Merkel.

"É claro, no entanto, que os países que quiserem usufruir dessa solidariedade têm de fazer um requerimento de ajuda", acrescentou a chanceler alemã, sem se referir diretamente à Espanha, que está na iminência de pedir um resgate para poder refinanciar a banca.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2598195&page=-1


07/06/12

O Rosto do Desemprego - 37

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Nome   Ana Teresa Aleixo de Oliveira

Idade   24 anos

Naturalidade/Residência   Évora

For­mação   Mestrado em Psi­colo­gia da Edu­cação

Última profis­são   não tem exper­iên­cia lab­o­ral, só está­gio cur­ric­u­lar

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde nov/dezembro de 2011, altura em que deu for­mação (ter­mi­nou mestrado em julho 2011)

Agre­gado famil­iar  vive com os pais

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “vivo na monot­o­nia, deixo de estar ocu­pada, a minha vida é enviar cur­rícu­los“

Per­spec­ti­vas de futuro   “fazer está­gio profis­sional de um ano, remu­ner­ado ou não”

05/06/12

Obama, Presidente dos States...


O povo ainda reclama... Este professor/director, consegue um autografo de borla e ainda reclama... Só nos States...

O presidente Barack Obama escreveu, pessoalmente, uma justificação dirigida ao professor de um rapaz, de 11 anos, que faltou às aulas para ir ao seu comício, no estado do Minnessota, nos Estados Unidos da América.

Tyler Sulivan, aluno do 5.º ano, não foi à escola na passada sexta-feira de modo a poder estar presente na visita do presidente norte-americano a uma fábrica em Honeywell, na cidade de Minneapolis.

Obama assinou justificou de falta de criança à escola

Durante o discurso de Obama, o rapaz esteve na primeira fila da plateia e conseguiu cumprimentar o presidente."Olá Tyler, deves estar a faltar às aulas", disse Obama ao menino.

Segundo a imprensa local, Tyler confirmou as suspeitas do presidente, que se apressou a escrever uma nota justificativa.

Assim, o menino saiu do comício com uma carta carimbada com o selo presidencial onde se pôde ler "sr. Ackerman -- por favor desculpe o Tyler -- ele esteve comigo!".

Tyler Sulivan espera que a nota de Barack Obama seja aceite pelos responsáveis da sua escola.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2592568&page=-1

O Rosto do Desemprego - 36

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Nome   Bruno Lavos

Idade   30 anos

Naturalidade/Residência   Lisboa/ Pin­hal Novo

For­mação   Terapeuta/educador expres­sivo

Última profis­são   fez Ludoter­apia na ludoteca de Alcoitão

Há quanto tempo desem­pre­gado   4 meses

Agre­gado famil­iar  solteiro, sem fil­hos

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “não mudou nada, sou mais free­lancer que desem­pre­gado, por opção; não faz sen­tido estar num sítio só (…) faço ter­apia pela cria­tivi­dade“

Per­spec­ti­vas de futuro   “adquiri a certeze que podemos e temos de desen­har o nosso próprio futuro; dedico-me à per­ma­cul­tura, sis­temas de cap­tação de água, criar situ­ação para sobre­viver; estou neste momento no “pro­jecto believe” ”

Novos beneficiários de RSI mais que triplicaram

O número de novos beneficiários do Rendimento Social de Inserção durante o primeiro trimestre de 2012 mais do que triplicou em relação ao último trimestre de 2011, atingindo agora quase os 330 mil.

De acordo com os dados do boletim estatístico de maio do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério da Solidariedade e Segurança Social (MSSS), em março de 2012 havia 329274 pessoas a receber o RSI, depois de em fevereiro haver registo de 322915 e de em janeiro terem sido 318103.

Novos beneficiários de RSI mais que triplicaram

Os dados mês a mês revelam que entre janeiro e março deste ano deram entrada no sistema mais 11171 pessoas a pedir este subsídio, ou seja, cerca de 3,4 vezes mais do que os novos 3224 beneficiários que pediram o acesso a este subsídio entre outubro, novembro e dezembro do ano passado.


Em dezembro registaram-se 317429 beneficiários do RSI, número que representa um aumento de 1,1% em relação a novembro (313947 beneficiários) e de 1% em relação a outubro (314205 beneficiários).

A concentração mais elevada de pessoas com RSI está no Porto, com 99047, logo seguida de Lisboa, com 65175, e de Setúbal, com 25257. O valor médio recebido em março é de 91,7 euros. Distrito a distrito, o valor médio mais elevado é em Bragança, com 103,4 euros. O valor médio mais baixo é de 76,4 euros nos Açores.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2592410&page=-1

O Rosto do Desemprego - 35

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Nome   Ana Luísa Vieira Soares

Idade   23 anos

Naturalidade/Residência   Arruda dos Vin­hos / Loures

For­mação   Licen­ci­ada em História

Última profis­são   nunca teve um emprego

Há quanto tempo desem­pre­gado  não chegou a tra­bal­har, licenciou-se há mais de um ano

Agre­gado famil­iar   vive com pais e irmã, as duas depen­dentes dos pais

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “mudou tudo, tem mais lim­i­taçoes a todos os níveis, de ini­cio a mãe não aceitava bem o facto de estar desem­pre­gada ”

Per­spec­ti­vas de futuro    “parece um pouco obscuro, à falta de uma outra hipótese penso emi­grar ( Lon­dres) ide­al­izava aí qual­quer coisa rela­cionado com a cul­tura (gestão cul­tural) se isso não apare­cer, qual­quer coisa, já procuro qual­quer coisa”

04/06/12

O Rosto do Desemprego - 34

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Nome  Tiago Gomes Peixoto

Idade   33 anos

Naturalidade/Residência  Lis­boa

For­mação  Licen­ci­ado em História

Última profis­são   Oper­ador de Call Center

Há quanto tempo desem­pre­gado  desde março de 2011

Agre­gado famil­iar  solteiro, vive com a mãe

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “quando temos instrução e muito tempo para pen­sar começamos a ver o muito que está errado. Politizei-me, tornei-me muito mais con­sciente politi­ca­mente (…) come­cei a ver tudo o que não ia batendo certo, e a tomar con­sciên­cia que há cam­in­hos erra­dos que estão a ser segui­dos e com razões muito erradas ”

Per­spec­ti­vas de futuro   “acho que vai pio­rar e bas­tante (…) o futuro é uma incóg­nita, com­pleta (…) no lim­ite a ban­car­rota (…) o que se viu na Argentina, a Gré­cia está quase nesse ponto e Por­tu­gal para lá caminha ”

“Atropelos” à democracia na Madeira

Todos os partidos da oposição regional, numa iniciativa inédita em 36 anos da autonomia político-administrativa da Madeira, assinam na segunda-feira um “pacto pela democracia” na região.

“O défice democrático que se vive na Madeira foi, porventura, a principal causa da situação catastrófica a que a região chegou. A ausência de soluções e a persistência nos atropelos graves ao bom funcionamento da democracia revelam que são indispensáveis acções concertadas e sistemáticas de modo a trazer para o quotidiano regional a ética democrática e os valores da liberdade e da livre expressão”, lê-se no documento que será assinado, à tarde, pelos representantes do PS, CDS-PP, PTP, PCP, MPT, PND, PAN e BE.

Oposição contesta a gestão política do arquipélago

Os partidos subscritores comprometem-se, em nome dos eleitores, a colocar na ordem do dia “as exigências que decorrem de uma democracia parlamentar”, com a salvaguarda das instituições que a suportam. Propõem assim contrariar os propósitos do PSD-Madeira que, acusam, pretende “assegurar, por todos os meios, um funcionamento precário do Parlamento que legitime o sistema democrático, mas que não seja suficientemente capaz de fiscalizar a acção governativa, mantendo quase tudo numa paz podre e inconsequente”.

As iniciativas conjuntas para a estabelecer a “normalidade democrática” na região são justificadas pelos oito partidos considerando que “nunca, em nenhuma altura, os órgãos de soberania que têm o dever de assumirem a defesa da Constituição da República Portuguesa e, por essa via, do normal funcionamento das instituições, intervieram nesse sentido”.

No âmbito do pacto, as oposições madeirenses vão agendar contactos conjuntos com órgãos de soberania, em articulação com os seus partidos na Assembleia da República, dando prioridade à audiência com o Presidente da República. Vão suscitar, em bloco, a inconstitucionalidade do actual regimento da Assembleia regional e propor a sua alteração, de modo a “exigir uma fiscalização efectiva ao executivo”, a presença regular do presidente e do governo regional no parlamento e garantir a pluralidade nas comissões, acabando com a hegemonia do PSD nas coordenações e funcionamento das mesmas.

Outras das “propostas urgentes” é a revisão do Estatuto Político-administrativo da Madeira, para estabelecer a lei de incompatibilidades, a limitação de mandatos, a redução do financiamento partidário, a eliminação de subvenções vitalícias e a proibição da acumulação de reformas com vencimentos de cargos públicos.

A assinatura do “pacto pela democracia” estava marcada para um salão do parlamento, mas a sua cedência foi recusada pelo presidente da Assembleia, pelo que a cerimónia ocorrerá no exterior do edifício, no largo entre a capela da Mouraria e o comando da GNR, em zona entretanto autorizada pela câmara municipal. “O salão nobre é um espaço que, pela sua natureza, é reservado a actos oficiais e não a eventos partidários”, alegou Miguel Mendonça.

A acção convergente de todos os partidos da oposição surge na sequência de dois episódios que ocorreram na semana passada no plenário do parlamento, onde a maioria social-democrata ficou isolada.

Na terça-feira, o PS retirou a moção de censura ao governo regional devido à ausência do respectivo presidente no debate, tendo os restantes partidos da oposição também abandonado o hemiciclo em protesto pelo “desrespeito” e “cobardia politica” de Alberto João Jardim. No dia seguinte, idêntico protesto congregou a oposição que decidiu não participar na discussão e votação de cinco diplomas devido à ausência de qualquer membro do órgão proponente, o governo regional.

Notícia substituída às 18h07: Texto de agência substituído por texto do PÚBLICO
http://www.publico.pt/Local/pacto-para-acabar-com-atropelos-a-democracia-na-madeira-1548775

Retrato incompleto de Passos Coelho


Retrato incompleto de Passos Coelho, líder de uma geração que já não tem nada a perder
02.06.2012 - 22:11 Por Teresa de Sousa


Há sempre três dimensões num retrato político. O personagem, o seu pensamento e a circunstância. O do primeiro-ministro ainda está apenas em esboço.



Porque “entrou e saiu” da política. Porque rompeu com a aristocracia do seu partido. Porque apostou — por táctica ou por convicção — num pensamento de matriz liberal que não faz parte da tradição política nacional. Porque representa uma nova geração de políticos que só conheceram a democracia.

Desvendar o mistério chamado Pedro Passos Coelho continua a ser, um ano depois da sua eleição, um exercício arriscado. A História ainda pode ser generosa com ele, se a história desta crise acabar bem e não demasiado tarde. Mas também pode vir a ser implacável. 

Hoje já menos gente se atreve a subestimá-lo. Continuam a prevalecer, todavia, duas narrativas sobre ele à espera da prova dos factos. Aquela que o descreve como um político sem dimensão e sem pensamento, que se limitou a aproveitar uma oportunidade. A que o vê como o intérprete de uma nova geração e de uma nova visão, autónoma em relação ao passado, mais ousada em relação ao futuro, que constitui, no fim de contas, o único caminho que falta experimentar para libertar o país das amarras do atraso estrutural e de algumas ilusões europeias. Para este retrato, todas as perguntas são legítimas. As respostas são ainda muito incompletas.



O Rosto do Desemprego - 33

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Nome   Matilde

Idade   25 anos

Naturalidade/Residência   Macau / Lis­boa

For­mação   Curso Profis­sional de Design Grá­fico

Última profis­são   empre­gada de mesa

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde novem­bro de 2011; de abril de 2009 até essa data foi assalari­ada sem con­trato de tra­balho e sem direitos

Agre­gado famil­iar   vive soz­inha

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “tudo, mesmo tudo, em todos os aspec­tos (…) a par­tir do momento em que ficas sem nada pas­sas a val­orizar o essên­cial “

Per­spec­ti­vas de futuro   “não pre­tendo voltar a tra­bal­har para este sistema ”

01/06/12

O Rosto do Desemprego - 32

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Nome Paulo Pereira

Idade  49 anos

Naturalidade/Residência  Lis­boa

For­mação  4ª classe noc­turna, jar­dineiro

Última profis­são   obras, lavador de vidros, jar­dineiro

Há quanto tempo desem­pre­gado  quase dois anos

Agre­gado famil­iar  tem 5 fil­hos, vive com com­pan­heira

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado  “antes tinha uma vida mais ao menos, não mudou nada, não há tra­balho “

Per­spec­ti­vas de futuro   “nada, não con­sigo arran­jar tra­balho em nen­hum lado (…) vai pio­rar, com a vida que está (…) está difícil”

Corte da TSU

A TSU só existe para encher os bolsos do estado, e criar dificuldades aos empregadores.

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, afirmou, esta sexta-feira, que o Governo está a estudar novas medidas de apoio ao emprego jovem, no âmbito do programa Impulso Jovem, que poderão passar pela descida da Taxa Social Única.

Governo admite corte da TSU para apoiar emprego jovem

Álvaro Santos Pereira falava aos jornalistas no final de uma reunião em sede de concertação social onde o Governo apresentou estimativas mais pessimistas para o desemprego em Portugal.

As estimativas, que foram apresentadas pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, apontam agora para uma taxa de desemprego de 15,5% este ano e de 16% no próximo ano.

As novas estimativas revêm as últimas feitas pelo Governo há menos de um mês e que foram enviadas para a Comissão Europeia no âmbito do Documento de Estratégia Orçamental (DEO).

Os novos números apontam agora para uma taxa de desemprego média para a totalidade deste ano de 15,5%, ao contrário dos 14,5% anteriormente esperados, e de 16% em 2013, contra uma melhoria esperada para os 14,1%, incluído no anexo que tanta polémica deu por não ter sido entregue aos deputados na mesma altura que o DEO foi entregue à Assembleia da República.


Vítor Gaspar adiantou ainda que espera que em 2013, altura em que estima novo recorde da taxa de desemprego para os 16% (totalidade do ano), esta taxa comece finalmente a inverter a tendência e apresente melhorias.

As declarações de Álvaro Santos Pereira e de Vítor Gaspar surgem no mesmo dia em que o Eurostat, o órgão estatístico da União Europeia, divulgou que a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 15,2% em abril e que a taxa de desemprego entre os jovens atingiu os 36,6% no mesmo mês.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2564647&page=-1

16% de desemprego em 2013

ONDE VAMOS PARAR...

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou previsões mais pessimistas para a taxa de desemprego, esperando agora um agravamento da taxa para os 15,5% este ano e para 16% no próximo ano.

Numa declaração realizada após uma reunião com os parceiros sociais, o ministro das Finanças reviu as previsões que o Governo enviou há menos de um mês para a Comissão Europeia no âmbito do Documento de Estratégia Orçamental (DEO), prevendo uma nova deterioração.

Governo revê previsões e espera 16% de desemprego em 2013

Os novos números apontam agora para uma taxa de desemprego média para a totalidade deste ano de 15,5%, ao contrário dos 14,5% anteriormente esperados, e de 16% para o próximo ano, contra uma melhoria esperada de 14,1%, incluído no anexo que tanta polémica deu por não ter sido entregue aos deputados na mesma altura que o DEO foi entregue à Assembleia da República.

Vítor Gaspar adiantou ainda que espera que em 2013, altura em que estima novo recorde da taxa de desemprego para os 16% (totalidade do ano), esta taxa comece finalmente a inverter a tendência e apresente melhorias.

O Rosto do Desemprego - 31

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Nome  Marta Boavida

Idade  37 anos

Naturalidade/Residência  Alco­chete

For­mação  12º ano / téc­nica de pub­li­cações téc­ni­cas na Por­tugália Air­lines durante 10 anos

Última profis­são   téc­nica de pub­li­cações téc­ni­cas na PGA

Há quanto tempo desem­pre­gado  desde 30 abril de 2012, há um mês

Agre­gado famil­iar  casada, com uma filha

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado  “con­sigo ver um futuro que não é risonho, já faço parte dos 15 000 desem­pre­ga­dos no Mon­tijo (…) muda tudo, a rotina que é cri­ada, ficamos mais seden­tários, acabamos por deses­perar por não ter nada para fazer, vamos arran­jando alguma coisa para fazer em casa, como é óbvio, mas não é a nossa rotina diária, como o lev­an­tar de manhã, o levar a filha à escola, o ir para o tra­balho, o regresso  ao fim da tarde, o nor­mal de uma vida de quem está empre­gado“

Per­spec­ti­vas de futuro  “neste mês de desem­prego, tudo o que vai saindo de ofer­tas de emprego, e eu ando sem­pre atenta, estou sem­pre em cima, quando respondo, a vaga já está preenchida, são mil­hares à procura da mesma vaga (…) para além de estar há um mês desem­pre­gada, começo a deses­perar, porque não é fácil, não nunca estive nesta situ­ação, é com­ple­ta­mente difí­cil vivê-la”

O Rosto do Desemprego - 30

http://blogues.publico.pt/odesempregotemrosto/

Nome  Miguel Girão Pires Lopes Morais

Idade  42 anos

Naturalidade/Residência  Lis­boa

For­mação  Téc­nico de escul­tura, olaria e fundição

Última profis­são   restauro do património de Lagoa Hen­riques

Há quanto tempo desem­pre­gado  desde março de 2011

Agre­gado famil­iar  divor­ci­ado, com dois fil­hos que vivem com a mãe, sem casa

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado  “a autoes­tima, a segu­rança, veio tudo por aí abaixo (…) tenho pas­sado alguma fome“

Per­spec­ti­vas de futuro “vou aderir ao ‘pro­jecto 270′ em con­junto com pes­soas em situ­ação semel­hante, arran­jar, co-ajuda, sobreviver”

O Rosto do Desemprego - 29

http://blogues.publico.pt/odesempregotemrosto/




Nome  Agognon Wuofo

Idade  39 anos

Naturalidade/Residência  Togo / Lis­boa

For­mação  armador de ferro / con­strução civil

Última profis­são   armador de ferro

Há quanto tempo desem­pre­gado  1 mês

Agre­gado famil­iar  vive soz­inho, familia no Togo

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado  “qual vida? aha­haha, a vida é assim…agora neste momento não tenho tra­balho“

Per­spec­ti­vas de futuro  “não posso dizer nada, só fico em casa, pas­seio um bocad­inho, volto para casa (…) espero arran­jar tra­balho em qual­quer coisa, ou no ferro ou em outra coisa”