05/04/12

Subsídios de férias e de Natal

Meus senhores políticos, mas afinal é em 2013 ou em 2015 que vamos deixar de ter a retenção do que é nosso por direito? Já que agora ouve-se falar que vamos começar a receber somente 12 meses por ano! E somente recebemos durante 12 meses, pois o restante é um bónus para serem gozadas as férias e para as compras de Natal, no entanto, isso não acontece para quem está desempregado, pois não tem direito a estas regalias.

Mas está claro que é no ano de eleições que vamos retomar o rendimento auferido, para assim podermos escolher os "boys" que nos governam outra vez...


(foto de Nuno Ferreira Santos)

“O senhor deputado Pedro Filipe Soares, quando cita a minha entrevista na RTP, não teve o escrúpulo de citar a frase completa. Durante a vigência do programa de ajustamento, e esse programa de ajustamento termina em 2013, essa minha afirmação não altera o período de vigência do programa que está fixado desde o início do programa, isto é 2014. Trata-se naturalmente de um lapso, o que está aqui em causa é o período de vigência do programa como repetido no articulado, quer no relatório do Orçamento do Estado para 2012”, disse.


O governante respondia ao deputado, já na sua intervenção final no debate da primeira alteração ao Orçamento do Estado para 2012, tendo admitido aí, pela primeira vez, que teria dito essas afirmações e que eram um lapso.

Nas restantes ocasiões, desde a sua primeira intervenção, como após toda a oposição o ter confrontado com imagens televisivas com as suas palavras, o ministro repetiu por várias vezes que a sua posição e a posição do Governo sempre foi a mesma, e que sempre disse que a suspensão terminaria com o período de vigência do programa, que termina em 2014.

Já depois de Vítor Gaspar ter admitido este “lapso”, o deputado comunista Honório Novo confrontou novamente a bancada do Governo, para perguntar a Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares e à secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, se queriam também admitir lapsos, já que teriam feito as mesmas afirmações a dizer que a suspensão dos subsídios vigoraria apenas durante dois anos.

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