Ora aqui está o nosso governante a queixar-se do valor que ganha mensalmente. Depois do Presidente da República, vem agora o Primeiro Ministro afirmar que os políticos portugueses não são bem pagos, mas Passos Coelho também
considera “inoportuno” discutir o assunto quando “todo o país está a
fazer sacrifícios grandes”.
Mas deixa no ar um aumento nos ordenados, deles, pois está claro.
Vergonhosa a declaração, mas lamentável a inoperância popular. Ao Presidente quiseram a cabeça pelas afirmações, e a este senhor? Acha que 5300€ brutos, fora os subsídios não chega para governar? Se quisesse mais poderia ter escolhido o sector privado? Ou não teria tanta oportunidade para poder omitir factos? Pois, esqueci-me que no privado à as falências, bem mais rápidas do que no sector público. Ainda mais lamentável foi achar "inoportuno" falar de aumentos, mas então porque fala deles? Porque não os deixa na sua memória e para ter em conversas familiares?
Tantos portugueses a governarem a sua família com pouco mais do que 10% do seu ordenado e sem subsídios a completar o ordenado e desesperam por um aumento, mas são os gestores que os decidem e como tal, eles não existem.
Pense bem no que diz ser Ministro.
Podem ler a seguir o teor da entrevista publicada no Público:
“Não creio que em Portugal os políticos que desempenham funções sejam bem pagos, não considero”, começou por responder Pedro Passos Coelho, para acrescentar: “Mas consideraria absolutamente inoportuno que se abrisse essa discussão numa altura em que todo o país está a fazer sacrifícios grandes e vive de facto restrições muito grandes”.
Na entrevista, Passos Coelho assegurou mais uma vez que “o Governo não interferiu” no processo de nomeações do conselho-geral da EDP, após a entrada de capitais chineses, através da Three Gorges Corporation.
“Não tenho dúvida de que o investidor estrangeiro gostaria de decidir de forma que não parecesse hostil, mas antes amigável, perante o Governo. Mas o Governo não fez esse jogo. Eu tive oportunidade de dizer nesta sala ao senhor Cao, que é o presidente da Three Gorges Corporation, que - uma vez que nós tínhamos alienado a participação - competia aos novos accionistas definir as orientações, quer para a comissão executiva, quer para o conselho geral e de supervisão”, afirmou.
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