A Síria é um país ainda distante do nosso, mas não poderia deixar de passar esta noticia em branco pois estamos a falar do desaparecimento de 2 jornalistas,
uma americana e um francês, mortos, esta terça-feira, na cidade
rebelde síria de Homs, no centro do país, onde os bombardeamentos
atingiram o centro da imprensa de militantes anti-regime.
O fotojornalista francês Remi Ochlik, da "Paris Matcht" e a repórter americana do "The Sunday Times" Marie Colvin morreram, esta manhã, vítimas de um bombardeamento que atingiu um centro de Imprensa, na cidade síria de Homs.
"Dois
jornalistas foram mortos quando os bombardeamentos visaram o nosso
centro de imprensa no bairro de Baba Amr. Três ou quatro outros
jornalistas estrangeiros ficaram feridos", indicou o militante Omar
Chaker, contactado através de Skype pela France Presse.
De acordo
com testemunhos de activistas rebeldes, Marie Colvin e Remo Ochlik foram
mortos quando tentavam fugir da casa que estava a ser atingida por
bombardeamentos.
A BBC publicou, esta terça-feira, uma
conversa com Marie Colvin sobre a situação em Homs, na qual a jornalista conta que "viu morrer um bebé".
Marie Colvin usava uma pala num olho, por causa de um ferimento que sofreu no Sri Lanka.
O fotojornalista francês Remo Ochlik foi vencedor de um
World Press Photo, com uma imagem captada na Líbia.
O
grande repórter francês Gilles Jacquier foi a 11 de janeiro o primeiro
jornalista ocidental a morrer na Síria desde o início da revolta popular
contra o regime de Bashar al-Assad há dez meses.
Jacquier morreu
em Homs, epicentro da contestação no centro da Síria, durante uma viagem
autorizada pelas autoridades, que restringem drasticamente os
movimentos dos jornalistas no país.
Nenhuma testemunha no local
conseguiu afirmar se o obus que o matou tinha sido lançado por um
rebelde sírio ou se se tinha tratado de um tiro do exército sírio.
Cuidado ao abrir o primeiro link, as imagens poderão chocar algumas pessoas.
Mas temos menos 2 pessoas a contar a luta do povo.