Nome Anabela Costa Pinto
Idade 42 anos
Naturalidade/Residência Barreiro / Lisboa
Formação marketing e publicicade e marketing/vendas
Última profissão gestora comercial
Há quanto tempo desempregado desde janeiro de 2012
Agregado familiar casada, com dois filhos dependentes
O que mudou na sua vida desde que ficou desempregado “temos de fazer restrições e cortar muita coisa em casa, cortar no mais básico (…) o meu marido é funcionário publico e já basta o que o estado lhe tira. ele é o nosso maior alicerce em casa. com o ordenado dele, tirando o meu, vai tudo por água a baixo. a pessoa tem um ordenado de mil euros e vai para a segurança social com 470 euros. eu que descontava sobre comissões e tudo o que ganhava. se todos fizessem como eu e descontassem sobre tudo o que ganham se calhar não estavamos na situação em que estamos. trabalhei sempre toda a vida. nunca fui para o fundo desemprego (…) até maio estive a ver se arranjava emprego, a partir daí inscrevi-me e recebo 470 euros e a partir de 180 dias descontam-me mais 10 por cento. tenho duas filhas, uma a entrar para a faculdade e outra, uma menina com 4 anos, tentei tirá-la do colégio por causa da mensalidade que é muito alta e não dá para conciliar tudo”
Perspectivas de futuro “vejo isto muito mal parado. vou tentar ver o que posso fazer. sair do país é impossível. para mim não, com 42 anos. é triste que me achem velha. estive nos Estados Unidos e vi pessoas com muita idade activas. trabalhei 22 anos, tenho experiência de trabalho, nunca estive de baixa, nunca estive no fundo de desemprego mas sou considerada velha, o que fará se formos novos? uma miúda com 18 anos que sai da escola, se não tem curso é porque não o tem e se tem experiência, já é velha, o que será que o estado ou a entidade patronal pretendem? (…) tenho 3 curriculos no meu computador para usar conforme as situações: um completo com o meu historial todo de trabalho, se envio esse, duvidam e acham que não me podem pagar o que mereço, se envio o mais incompleto é porque tenho pouca experiência e pouco ou nada querem pagar. as entidades patronais estão a se aproveitar da crise. essa está na cabeça das pessoas. vou pedir trabalho a uma entidade e tenho de investigar se ela paga a tempo e horas a toda a gente. será isso correcto? faz sentido? é complicado. é muito, muito triste”
Sem comentários:
Enviar um comentário