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Nome Maria Isabel da Costa
Idade 43 anos
Naturalidade/Residência Lisboa
Formação frequência do 11º ano
Última profissão cozinheira
Há quanto tempo desempregado desde agosto de 2008
Agregado familiar separada, familia monoparental, mãe de 3 filhos, vive com um deles
O que mudou na sua vida desde que ficou desempregado “vivo com uma renda social de inserção, 249 euros, todos os dias vives com uma corda ao pescoço. a preocupação, todos os dias, de como vou alimentar os meus filhos (quando estava emigrada em espanha) aqui vivo com a ajuda da família (…) vivo na casa dos meus pai, com a ajuda da família, que me cederam a sua casa, pois não tenho casa própria. mesmo que ganhasse o ordenado minimo nacional (485 eros) eu pagava a renda da casa e já não tinha nem para pagar a água, luz, o gás nem para comer. as coisas são muito práticas: dois mais dois são 4 ”
Perspectivas de futuro “não faço a minima ideia de como vai ser. vou ao centro de emprego, recebo umas cartas para me apresentar em alguns trabalhos. trabalhas uma série de horas com turnos partidos para ganhar 500 euros. eu em 2007 como ajudante de cozinha em valência estava a ganhar 900 euros. aqui como cozinheiro principal ganhas 700, e já dizem que é um bom ordenado. uma porra. não é assim. não tenho muita formação académica, mas em formação de vida tenho muita, sou uma pessoa capaz, sinto-me integra, sei o meu valor, sei aquilo que valho, eu não mereço 485 euros, desculpem lá eu, mas trabalhar por esse valor, rebentar com o resto da minha saúde, sinto muito mas eu não o faço, que venham mais de fora, do exterior, mas eu não o faço (…) gostaria de saber qual seria a solução para isto tudo. as notícias que ouvi apontam para a formação de um estado europeu, e essa perspectiva está me a assustar um pouco. vamos depois lutar pelos direitos de independência. porque a tendência vai ser controlar o euro, voltar à moeda antiga, há muitos países que não o querem voltar a fazer e muitos que o querem voltar a fazer. o que isto vai proporcionar, quanto a mim numa guerra (…) isto está, em termos culinários, a entrar em ebulição, a começar a ferver, devagarinho, a partir daqui começa a subir a temperatura, é uma questão de tempo, principalmente quando se trata de alimentação, quando não tens de dar aos teus filhos alguma coisa vai acontecer”
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