05/08/12

O Rosto do Desemprego - 70

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Nome   João Vilela 
Idade   24 anos
Naturalidade/Residência   Porto
For­mação   mestrado em história e educação 
Última profis­são   pro­fes­sor a recibo verde, sem um rendi­mento fixo
Há quanto tempo desem­pre­gado   na sua opinião nunca chegou a estar empre­gado, vive situ­ação precária 
Agre­gado famil­iar   vive com a mãe
O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “ Nunca deixei de estar desem­pre­gado. Só me vou con­sid­erar empre­gado quando chegar ao final de todos os meses e rece­ber um salario, até aí é um regime de vol­un­tari­ado a força. Não há um momento em que possa dizer ‘eu come­cei a estar desem­pre­gado’ nunca deixei pro­pri­a­mente de o estar. O regime de tra­balho que tenho actual­mente é um regime de tra­balho de pre­cariedade em que eu não recebo todos os meses. Não posso dizer a par­tir de tal dia eu perdi o emprego que nunca tive”
Per­spec­ti­vas de futuro    “Pas­sam por um de dois cam­in­hos. Ou a situ­ação social que actual­mente vig­ora é apro­fun­dada e aí eu vou viver ainda pior se pos­sível for, perderei o emprego que ainda tenho, e mesmo o salário que recebo de vez em quando nem esse vou ver daqui para a frente, ou então se esta situ­ação se alterar, poder­e­mos ter uma vida um pouco mel­hor, e penso que a única forma de isso acon­te­cer é através da luta dos desem­pre­ga­dos, dos precários, das pes­soas que ficaram na pobreza com estas polit­i­cas dos par­tidos do poder. Se as pes­soas se mobi­lizarem e exi­girem a revo­ga­cao destas polit­i­cas por out­ras mais jus­tas social­mente, isso poderá pos­si­bil­i­tar uma mudança na vida das pes­soas,  e ter­mi­nar com esta situ­ação de desem­prego e pre­cari­dade em que vive­mos. Sem essa mobi­liza­ção o único cam­inho será o de empobrecimento, empobrecimento, empo­brec­i­mento, até à China final. Os desem­pre­ga­dos e os precários dev­erão perce­ber rap­i­da­mente é que é necessário que eles se orga­nizem e lutem para com­bater a situ­ação em que vivem. Se não o fiz­erem vão ser eter­na­mente precários e desem­pre­ga­dos. Sem a sua mobi­liza­ção qual­quer trans­for­mação na sua vida é impos­sível. As trans­for­mações não lhes vão ser doadas pelas pes­soas que ben­e­fi­ciam  do estatuto em que eles estão”

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