14/12/12

Metade dos subsídios no setor privado serão pagos em 12 meses

Os trabalhadores do setor privado receberão em 2013 metade do subsídio de férias e do de Natal por inteiro e o restante distribuído por 12 meses, recebendo mais 8,3% por mês, exceto em julho e dezembro que recebem menos 20,8%.

Metade dos subsídios no setor privado serão pagos em 12 meses

De acordo com um documento enviado, esta quinta-feira, aos parceiros sociais pelo Ministério da Economia, a distribuição de metade dos subsídios pelos 12 meses do ano vai equivaler a um aumento mensal do rendimento ilíquido de 8,3%.

No entanto, nos meses de julho e dezembro, em que eram normalmente recebidos os subsídios e passam a ser recebidas as respetivas metades, ocorre uma diminuição de 20,8% do rendimento ilíquido.

O documento enviado aos parceiros sociais, a que agência Lusa teve acesso, corresponde à proposta de lei que o Governo aprovou dia 29 de novembro em Conselho de Ministros e vai ser discutido na reunião de concertação social de sexta-feira.


A proposta de lei do Governo vai permitir o pagamento, em 2013, de metade dos subsídios de férias e de Natal em duodécimos aos trabalhadores abrangidos pelo Código de Trabalho.


13/12/12

O Rosto do Desemprego - 165

http://blogues.publico.pt/odesempregotemrosto/



Nome   João Almeida

Idade   52 anos

Naturalidade/Residência   Espinho / Lis­boa

For­mação   5 cur­sos de escola hoteleira

Última profis­são   empre­gado de mesa

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde julho de 2009

Agre­gado famil­iar   casado, vive com a filha, depen­dente, e mãe

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “essen­cial­mente cada vez vivo pior. tento não deixar que falte nada à minha filha, e pas­sei a “viver” cada vez mais mis­er­av­el­mente. já não me lem­bro sequer quando tive um almoço ou jan­tar fora. isso está com­ple­ta­mente fora do panorama. carro tam­bém já não tenho, já era muito velho, a despesa de manutenção era muita e mandei-o abater, já não valia a pena”

Per­spec­ti­vas de futuro  “em prin­ci­pio em janeiro é ir-me emb­ora. tenho 2 ou 3 coisas em vista. pode não ser um orde­nado extra­ordinário mas é seguro. penso ir para o Reino Unido, na área da hote­laria e restau­ração, vamos ver”

O Rosto do Desemprego - 164

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Nome   Hugo Anes

Idade   35 anos

Naturalidade/Residência   Bra­gança / Lis­boa

For­mação   curso de ciên­cias de infor­mação

Última profis­são   agente com­er­cial da PT negócios

Há quanto tempo desem­pre­gado   junho de 2011

Agre­gado famil­iar   vive soz­inho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “somos obri­ga­dos a dar sen­tido ao nosso dia, a pro­gra­mar o nosso quo­tid­i­ano, a nossa sem­ana. senão ficamos com­ple­ta­mente deses­per­a­dos. saio menos e sou mais regrado nos gas­tos e em tudo”

Per­spec­ti­vas de futuro   “con­tin­uar a inve­stir, procu­rar, não desi­s­tir e não desan­i­mar, sobretudo”

O Rosto do Desemprego - 163

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Nome   António Cal­ado

Idade   37 anos

Naturalidade/Residência   Angola / Lis­boa

For­mação   9º ano oper­ador de loja de super­me­r­cado

Última profis­são   téc­nico aux­il­iar de acção educa­tiva

Há quanto tempo desem­pre­gado   julho de 2009

Agre­gado famil­iar   solteiro

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “tive de cor­tar cer­tas coisas na minha vida. muita coisa mudou. não sei há quanto tempo não com­pro par de calças ou sap­atos. prati­ca­mente o que gan­hava quando tra­bal­hava era para ali­men­tação e despe­sas domés­ti­cas e trans­porte, agora nem isso. já não recebo sequer o sub­sidio de desemprego”

Per­spec­ti­vas de futuro  “estou a ver que vai pio­rar cada dia que passa. dizem que íamos voltar para os mer­ca­dos em breve mas nem isso se vê. aqui em Por­tu­gal encon­trar emprego está a ser muito difí­cil. vou ver se con­sigo emi­grar mas não está a ser fácil. para nen­hum país em par­tic­u­lar, o primeiro que aparecer”

O Rosto do Desemprego - 162

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Nome   João Tavares

Idade   57 anos

Naturalidade/Residência   Angola / Lis­boa

For­mação   econ­o­mista

Última profis­são   gestor de con­domínios

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde maio de 2012

Agre­gado famil­iar   4 pes­soas

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “tenho abdi­cado de muitos con­vívios. tenho estado menos vezes com pes­soas ami­gas. saio muito menos vezes. não uso o carro, uso só trans­portes públi­cos. pas­sei a ficar mais atento a opor­tu­nidades de poupança nas com­pras que faço”

Per­spec­ti­vas de futuro  “a expec­ta­tiva é que as coisas mel­horem e eu possa voltar a tra­bal­har em algo que me encaixe bem, de modo a ser útil e pro­du­tivo. para os meus depen­dentes isto serve como uma apren­diza­gem, uma exper­iên­cia de vida”