O Corpo de Intervenção da PSP avançou, ao final da tarde desta quarta-feira, sobre as centenas de pessoas que estavam concentradas em frente à Assembleia da República. Antes, os manifestantes atiraram pedras da calçada e outros objetos contra as forças policiais. Houve várias detenções e vários feridos. Caixotes do lixo foram incendiados junto de vários veículos estacionados.
Antes de dispersarem os manifestantes à bastonada e com auxílio de cães, os agentes já tinham afastado o grupo que se encontrava na primeira linha dos protestos. A meio da escadaria um elemento da polícia filmava os manifestantes, concentrando-se na zona de onde eram atiradas as pedras e garrafas.
Uma dezena de manifestantes chegou a subir os primeiros degraus das escadarias e colocou-se como "barreira" entre os outros manifestantes e a polícia, incentivando o fim do arremesso de objetos. Ação que foi insuficiente e não evitou os confrontos que se seguiram.
Depois dos avisos por megafone para os manifestantes dispersarem terem sido ignorados, os elementos do corpo de intervenção da PSP desceram as escadarias e avançaram com bastões e cães.
Em poucos minutos, a carga policial dispersou centenas de manifestantes e, na fuga, foram incendiados caixotes do lixo na Avenida D. Carlos, junto a vários veículos ali estacionados.
Em resultado dos confrontos houve várias detenções e vários feridos, entre polícias e manifestantes.
Segundo o subcomissário Jairo Campos, porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa, a carga policial sobre os manifestantes ocorreu devido ao constante arremesso de pedras contra os elementos do Corpo de Intervenção.
A carga policial foi "a medida mais adequada para poder por termo à ameaça à integridade física dos agentes que estavam na primeira linha e que foram provocados durante 45 minutos", acrescentou.
A manifestação convocada pela CGTP chegou pelas 15.30 horas à Assembleia da República, em Lisboa, com milhares de cidadãos a entoar cânticos contra o Governo e as medidas de austeridade.
"É preciso, é urgente, correr com esta gente" ou "Abril de novo, com a força do povo", foram algumas das frases mais ouvidas no percurso dos manifestantes que se iniciou no Rossio.
Em dia de greve geral, foram vários os movimentos sociais que se juntaram ao desfile de protesto promovido pela CGTP, a par dos estivadores (trabalhadores dos portos), que começaram por se concentrar no Cais do Sodré.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2886087&page=-1
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