20/11/12

FMI alerta para dificuldade em reverter emigração de jovens qualificados


O Fundo Monetário Internacional alertou esta terça-feira que a lenta recuperação económica pode ter um impacto significativo no elevado desemprego, levando à emigração de jovens qualificados "que será difícil de reverter".

"Um risco no médio prazo é que o crescimento económico recupere demasiado devagar para ter um impacto significativo no elevado desemprego, levando à emigração significativa de jovens trabalhadores qualificados, que pode ser difícil de reverter", afirma o FMI numa análise regular ao país, ao abrigo do Artigo IV.

Neste sentido, o Fundo defende que a longo prazo Portugal terá de fazer mais progressos em obstáculos enraizados ao crescimento, em particular relativamente aos "ainda baixos níveis de educação face aos principais competidores e parceiros comerciais".

Redução de "100 a 200 mil funcionários públicos"

O administrador-delegado da Siemens Portugal, Carlos Melo Ribeiro, considerou, esta terça-feira, que Portugal só conseguirá sair da crise através da eliminação de postos de trabalho na Função Pública, apontando para uma redução de 100 a 200 mil trabalhadores.


"É preciso diminuir 100 a 200 mil funcionários públicos", afirmou o responsável durante a sua intervenção na conferência "Crescer, um desígnio nacional", promovida pela Associação Comercial de Lisboa, em parceria com o semanário "Sol", na capital portuguesa.

Segundo Melo Ribeiro, Portugal, dado o seu Produto Interno Bruto (PIB), deveria ter no máximo 400 mil funcionários públicos e, no seu entender, há maneiras de fazer esta redução "sem tragédia".

Responsável da Siemens defende redução de "100 a 200 mil funcionários públicos"

"A General Electric (GE) tem o mesmo PIB que o país e funciona com maior produtividade com 360 mil funcionários", exemplificou.

"Metemos 800 mil pessoas do privado no desemprego. Agora, temos que ir ao Estado Social e às pessoas", sublinhou, defendendo que "o desperdício do Estado Social quase que chega para o garantir".

E apontou para a má distribuição dos rendimentos mínimos, defendendo que quem beneficia deste apoio estatal, tal como os beneficiários do subsídio de desemprego, devem fazer trabalho social.

"Tenho a certeza que o PS não quer ir agora para o poder", afirmou, explicando que as reformas que têm que ser feitas não são populares. "Os nossos políticos não são profissionalmente sérios na governação. Estão a atuar muito mal. Adiam o problema e não envolvem a sociedade portuguesa", disse o administrador.

"Qualquer governo sério tem sempre um conselho empresarial que o aconselha", reforçou.

"Temos tudo o que é preciso para desenvolver este país. Só há uma solução, que é cortar a dívida e o défice público", concluiu.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2897529&page=-1

Diluição mensal de um subsídio.

Governo quer avançar já em janeiro com diluição mensal de um subsídio.


O Governo quer garantir que "já em janeiro" avance a diluição de, pelo menos, um dos subsídios (férias ou Natal) atribuídos ao setor privado através do regime de duodécimos, conforme está previsto para a Função Pública.

O anúncio foi feito pelo ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, no final de uma reunião em sede de concertação social.

Governo quer avançar já em janeiro com diluição mensal de um subsídio

"Foi estabelecido o compromisso do Governo com os parceiros sociais de iniciarmos um diálogo que permita já em 2013 poder fazer a divisão do subsídio de férias ou do subsídio de Natal ao longo dos 12 meses de forma a garantir que já em janeiro não exista uma diminuição do salário líquido das famílias em Portugal e para garantir também que na tesouraria das empresas não há picos de pagamentos", anunciou Mota Soares.

Por esclarecer ficou, da parte do governante, se será diluído pelos 12 meses apenas um dos subsídios ou ambos - de férias e de Natal. Esta é uma questão que ainda vai ser discutida com os parceiros sociais.

"Vamos começar já muito rapidamente o diálogo com os parceiros sociais relativamente a esta matéria", adiantou Mota Soares, salientando tratar-se de um "diálogo que se vai iniciar agora e que o Governo quer fazer com a máxima rapidez".

De acordo com o Código do Trabalho (CT), o empregador terá de pagar o subsídio de Natal até 15 de dezembro. No caso de Governo e parceiros sociais acordarem que este pagamento seja facultativo - e não obrigatório por parte das empresas - não haverá necessidade de alterar a legislação laboral em vigor.

Já no caso do subsídio de férias - que tem de ser pago até ao período máximo escolhido pelo trabalhador para gozo de férias - caso o Executivo decida que esta prestação também seja paga em duodécimos, ao longo do ano, aí terá de haver, além do acordo prévio do trabalhador, uma alteração ao CT.

No entender do secretário-geral da UGT, João Proença, "nada está ainda definido", mas a UGT entende tratar-se de "uma medida correta" recorrer ao pagamento de pelo menos um subsídio no setor privado através de duodécimos, à semelhança do que está previsto no Orçamento do Estado para 2013 para os trabalhadores da função pública.

Ao contrário, Arménio Carlos, da CGTP, discorda desta possibilidade, considerando que "o pagamento em duodécimos põe em causa a atualização anual dos salários".

"Vamos ter mais um ano de recessão e esta medida (hoje anunciada) é uma forma de iludir a opinião pública", argumentou Arménio Carlos.

O Rosto do Desemprego - 161

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Nome   António Mendes

Idade   49 anos

Naturalidade/Residência   Angola / Amadora

For­mação   téc­nico desportivo

Última profis­são   téc­nico desportivo

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde setem­bro de 2012

Agre­gado famil­iar   vive com com­pan­heira e seu filho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “tra­bal­hei até agosto, já estava há 21 no mesmo local de tra­balho. cumpri as férias e fiquei desem­pre­gado. um colega arranjou-me um tra­balho para fazer sub­sti­tu­ições em breve, mas em ter­mos psi­cológi­cos afectou-me muito porque isto está lig­ado a difi­cul­dades financeiras”

Per­spec­ti­vas de futuro  “não desisto. tento ter a moral em cima. ape­sar de estar sem­pre lig­ado ao meio desportivo não tenho qual­quer prob­lema em fazer um outro tra­balho desde que não me faça mal à saúde”

O Rosto do Desemprego - 160

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Nome   Wharly Rodrigues

Idade   32 anos

Naturalidade/Residência   Brasil / Lis­boa

For­mação   11º ano

Última profis­são   assis­tente de gabi­nete de den­tista

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde fevereiro de 2012

Agre­gado famil­iar   vive soz­inho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “perde-se a autoes­tima. perde-se de tudo um pouco. as pes­soas per­dem a cred­i­bil­i­dade em ti. não te chamam, não fazem muito con­vívio. ficam com um pouco de receio. é muito com­pli­cado no aspecto psi­cológico. no meu caso senti tudo isso. tenho de cor­tar em muita coisa no super­me­r­cado. há sem­pre alguma coisa que se pode tirar. com o sub­sidio é só mesmo para o básico do básico  ”

Per­spec­ti­vas de futuro  “sai agora de uma for­mação do cen­tro de emprego e as expec­ta­ti­vas não são boas. não fui con­tac­tado para nen­hum entre­vista nestes 8 meses. os meus cole­gas dizem que não há cred­i­bil­i­dade e as empre­sas não con­fiam. é muito con­fuso para as empre­sas. muito vago. na minha área já desisti de procu­rar emprego. não posso ficar à espera. senão começo a enfer­ru­jar. perde-se o hábito e o cos­tume, e a cabeça fun­ciona mais lenta­mente. a menos que você seja muito activo nesse tempo, e é o que eu tento ser. mas mesmo assim não é o sufi­ciente. o tra­balho é muito impor­tante. quer profis­sion­al­mente quer psi­co­logi­ca­mente, para a dig­nidade da pessoa”

14/11/12

Sete detidos e 48 feridos junto ao Parlamento

Sete pessoas detidas pelo crime de desobediência e 48 feridos é o balanço provisório dos confrontos que ocorreram junto ao Parlamento, após uma carga policial para desmobilizar centenas de manifestantes, que lançaram pedras e diversos objetos sobre os agentes policiais.

Sete detidos e 48 feridos junto ao Parlamento

O porta-voz do comando metropolitano de Lisboa da PSP, subcomissário Jairo Campos, fez ao jornalistas o balanço provisório até as 20.55 horas do incidente ocorridos em dia de greve geral, junto ao Parlamento, tendo adiantado que as sete pessoas detidas vão quinta-feira a tribunal.

Jairo Campos explicou que, antes da carga policial, os elementos do corpo de intervenção da PSP fizeram duas advertências para os manifestantes dispersarem e estes não abandonaram o local.

Segundo o porta-voz, cinco pessoas foram detidas junto ao parlamento e outras duas nas imediações.

Dos 48 feridos ligeiros, 21 são elementos da PSP e 27 são manifestantes.

De entre os elementos da PSP feridos dois necessitaram de tratamento hospitalar e 17 manifestantes.

Jairo Campos disse ainda que os ferimentos dos polícias se deveram as arremesso de pedras da calçada por parte dos manifestantes.

A PSP identificou várias pessoas, estando agora a averiguar a sua intervenção nos confrontos.

Questionado sobre a ação da polícia nas próximas horas, a mesma fonte disse apenas que a PSP está preparada para a possibilidade de ocorrerem mais distúrbios durante a noite, não adiantando se foi decidido algum reforço policial para a AR e zona próximas.

A PSP marcou uma conferência de imprensa para quinta-feira, às 15.00 horas, na direção nacional em Lisboa para fazer o balanço final dos incidentes.

Ministro Miguel Macedo elogia "serenidade" e "firmeza" da PSP

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, criticou o "comportamento de meia dúzia de profissionais da desordem" nos distúrbios ocorridos junto ao Parlamento e elogiou a "serenidade" e a "firmeza" dos agentes da PSP.

Ministro Miguel Macedo elogia "serenidade" e "firmeza" da PSP


Numa declaração à Imprensa, cerca das 20.30 horas, o ministro da Administração Interna começou por frisar que os distúrbios ocorridos em frente à Assembleia da República em nada estiveram relacionados com a manifestação da CGTP que ali terminou, vinda do Rossio, por ocasião da greve geral.

O governante atribuiu a responsabilidade pelos distúrbios ao "comportamento de meia dúzia de profissionais da desordem" e elogiou firmeza da atuação das forças de segurança, em particular a PSP, pelo profissionalismo, pela serenidade e pela firmeza quando foi inevitável intervir".

A polícia iniciou, cerca das 18:20 horas, uma carga contra os manifestantes que se encontravam junto à Assembleia da República, utilizando bastões e cães para afastar as pessoas da escadaria.

Os elementos do corpo de intervenção da PSP, depois de ter avisado por megafone os manifestantes para dispersarem, desceram as escadas e avançaram com bastões para os manifestantes que atiravam pedras da calçada contra as forças policiais desde as 17.00 horas. Em resultado dos confrontos houve várias detenções e vários feridos.

Mais tarde, depois das 19.00 horas, o corpo de intervenção da PSP fez mesmo vários disparos no final da avenida D. Carlos I, em Lisboa, para dispersar os manifestantes que aí se tinham concentrado depois de terem sido afastados do largo junto ao parlamento.

O Rosto do Desemprego - 159

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Nome  Madalena Cunha

Idade   50 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa / Lis­boa

For­mação   mestre em psi­co­pa­tolo­gia e psi­colo­gia clínica

Última profis­são   direc­tora téc­nica de empresa de apoio domi­cil­iário

Há quanto tempo desem­pre­gado   10 anos, desde de 2002

Agre­gado famil­iar   dois fil­hos depen­dentes, a estu­dar

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “não há rotina de se lev­an­tar e ir tra­bal­har, não se tem a vida orga­ni­zada. o estar sem uma orga­ni­za­ção externa exige um esforço pes­soal muito grande. exige da pes­soa muita saúde men­tal, ser cria­tivo, con­seguir usufruir das coisas. exige dis­ci­plina. não estar deprim­ida. o que não acon­tece com as pes­soas que estão desem­pre­gadas, que se estão a sen­tir muito desprezadas e muito enjeitadas. as pes­soas estão sem­pre amachu­cadas. não há cá pes­soas com óptima onda nestes gru­pos. é muito raro isso acontecer”

Per­spec­ti­vas de futuro  “não sei. enco­rajo muito os meus fil­hos a sair daqui. porque acho que este país está arru­inado para a 50 anos. e eu gostava imenso de me ir emb­ora daqui. imenso ”

O Rosto do Desemprego - 158

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Nome   Flávio Ricardo Silva Lameda

Idade   19 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa / Lis­boa — Gal­in­heiras

For­mação   12º ano e 2 cur­sos infor­mática

Última profis­são   está­gio em empresa iap­mei

Há quanto tempo desem­pre­gado   Julho de 2012

Agre­gado famil­iar   vive com avó, mãe e irmã

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “tenho ficado sem fazer nada desde que acabei a escola, ando à procura de tra­balho. envio cur­rícu­los. saio menos, porque há menos din­heiro gasto muito menos”

Per­spec­ti­vas de futuro  “espero que mel­hore o meu futuro. tra­balho em qual­quer coisa, desde que apareça. se apare­cer alguma opor­tu­nidade para emi­grar tam­bém estaria dis­posto. teria de ver, se fosse o mel­hor para mim”

Carga policial na Assembleia da Republica

O Corpo de Intervenção da PSP avançou, ao final da tarde desta quarta-feira, sobre as centenas de pessoas que estavam concentradas em frente à Assembleia da República. Antes, os manifestantes atiraram pedras da calçada e outros objetos contra as forças policiais. Houve várias detenções e vários feridos. Caixotes do lixo foram incendiados junto de vários veículos estacionados.

Carga policial dispersa manifestantes na AR após 'ataque' com pedras

A resposta da polícia aconteceu cerca das 18.20 horas, mais de uma hora depois dos manifestantes que estavam concentrados à frente da Assembleia da República terem derrubado as barreiras de proteção colocadas junto à escadaria, levantado paralelos e arremessado pedras da calçada e outros objetos contra a PSP.

Antes de dispersarem os manifestantes à bastonada e com auxílio de cães, os agentes já tinham afastado o grupo que se encontrava na primeira linha dos protestos. A meio da escadaria um elemento da polícia filmava os manifestantes, concentrando-se na zona de onde eram atiradas as pedras e garrafas.

Carga policial dispersa manifestantes na AR após 'ataque' com pedras


Uma dezena de manifestantes chegou a subir os primeiros degraus das escadarias e colocou-se como "barreira" entre os outros manifestantes e a polícia, incentivando o fim do arremesso de objetos. Ação que foi insuficiente e não evitou os confrontos que se seguiram.

Depois dos avisos por megafone para os manifestantes dispersarem terem sido ignorados, os elementos do corpo de intervenção da PSP desceram as escadarias e avançaram com bastões e cães.

Em poucos minutos, a carga policial dispersou centenas de manifestantes e, na fuga, foram incendiados caixotes do lixo na Avenida D. Carlos, junto a vários veículos ali estacionados.

Carga policial dispersa manifestantes na AR após 'ataque' com pedras


Em resultado dos confrontos houve várias detenções e vários feridos, entre polícias e manifestantes.

Segundo o subcomissário Jairo Campos, porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa, a carga policial sobre os manifestantes ocorreu devido ao constante arremesso de pedras contra os elementos do Corpo de Intervenção.

A carga policial foi "a medida mais adequada para poder por termo à ameaça à integridade física dos agentes que estavam na primeira linha e que foram provocados durante 45 minutos", acrescentou.

A manifestação convocada pela CGTP chegou pelas 15.30 horas à Assembleia da República, em Lisboa, com milhares de cidadãos a entoar cânticos contra o Governo e as medidas de austeridade.

"É preciso, é urgente, correr com esta gente" ou "Abril de novo, com a força do povo", foram algumas das frases mais ouvidas no percurso dos manifestantes que se iniciou no Rossio.

Em dia de greve geral, foram vários os movimentos sociais que se juntaram ao desfile de protesto promovido pela CGTP, a par dos estivadores (trabalhadores dos portos), que começaram por se concentrar no Cais do Sodré.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2886087&page=-1


O Rosto do Desemprego - 157

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Nome   Fer­nando Figueiredo

Idade   27 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa / Lis­boa

For­mação   ani­mação e tur­ismo– natureza e aven­tura / mon­i­tor sócio-cultural

Última profis­são   mon­i­tor sócio-cultural e nadador sal­vador

Há quanto tempo desem­pre­gado   cerca de um ano

Agre­gado famil­iar   vive soz­inho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “vou fazendo uns tra­bal­hos, não vou. tem dado para sobre­viver. feliz­mente não tenho fil­hos. saio menos e vou mais vezes ter com a minha mãe para me aju­dar de alguma maneira  ”

Per­spec­ti­vas de futuro  “em Por­tu­gal não tenho quais­quer per­spec­ti­vas de futuro. espero sair do país o mais rap­i­da­mente pos­sível, assim que con­seguir din­heiro “piro-me daqui”. Brasil , como estou na área de tur­ismo, e lá como vão ter os jogos olímpi­cos e do mundial de fute­bol vai haver muito tra­balho na área de turismo”

A maior carga policial desde o início dos anos 1990

A PSP está a pedir aos oficiais destacados para as esquadras próximas da Assembleia da República, em Lisboa, para que fiquem mais tempo ao serviço, esta quarta-feira, dia de greve geral, devido aos confrontos entre a polícia e os manifestantes.

"A maior carga policial desde o início dos anos 1990"

Contactado pela agência Lusa, Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), explicou que esta é uma "medida preventiva que se percebe", tendo em conta a carga policial que entretanto se desencadeou, "a maior desde o início dos anos 1990".

"Em algumas esquadras próximas da Assembleia, estão a pedir aos polícias para não saírem, porque podem ser precisos, mas isso percebe-se. É um procedimento preventivo normal de reforço para qualquer eventualidade", explicou o sindicalista.

A polícia iniciou, cerca das 18.20 horas, uma carga contra os manifestantes que se encontravam junto ao Parlamento, utilizando bastões e cães para afastar as pessoas da escadaria.

Os elementos do corpo de intervenção da PSP, depois de terem avisado por megafone os manifestantes para dispersarem, desceram as escadas e avançaram com bastões para os manifestantes que atiravam pedras da calçada contra as forças policiais desde as 17.00 horas.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2886435

02/11/12

Portugal vai pedir novo resgate???


A agência de notação financeira Fitch acredita que Portugal vai demorar mais tempo do que o previsto a regressar aos mercados de financiamento internacionais e que necessitará mesmo de um segundo resgate.

"O nosso entendimento é que Portugal vai receber mais ajuda oficial antes de regressar aos mercados", afirma a agência de notação financeira Ficth, em comunicado.

A agência justifica o entendimento de que Portugal vai demorar mais tempo a regressar aos mercados do que setembro de 2013 (o objetivo inicial) com as fracas perspetivas económicas, a dimensão do ajustamento orçamental e a natureza "frágil" da dívida soberana da zona euro.

Seria preciso uma "melhoria significativa do sentimento" dos mercados para Portugal regressar no próximo ano, acrescenta.

A empresa de notação de crédito disse que a emissão de dívida pelo BES, feita a semana passada, é um "sinal" de que os mercados de financiamento podem reabrir para os outros bancos portugueses.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2862817

Tese polémica sobre a TDT

A reitoria da Universidade do Minho (UM) informou, nesta sexta-feira, que os trabalhos desenvolvidos na instituição são da “exclusiva responsabilidade dos estudantes, docentes ou investigadores envolvidos”. A tomada de posição surge dias após a defesa da tese de doutoramento de Sergio Denicoli sobre a implementação da TDT em Portugal.

A UM entende que não lhe compete "assumir responsabilidade" sobre conclusões dos seus investigadores

Sem nunca se referir directamente à tese de Sergio Denicoli, a UM salientou que não lhe compete “influenciar a escolha de temáticas ou de quadros teóricos de referência, bem como assumir responsabilidade sobre os respectivos resultados ou conclusões, os quais se inscrevem no exercício da autonomia de criação intelectual e na esfera de responsabilidade dos seus autores, sejam estudantes ou investigadores”.

No documento, a reitoria daquela instituição salienta: “A Universidade, enquanto instituição pública de ensino superior, enquadra, no âmbito da sua missão e das suas actividades académicas, o desenvolvimento de trabalhos de investigação.”

A resposta surge na sequência da apresentação da tese de doutoramento de Sergio Denicoli, na passada terça-feira. Na investigação, o autor argumenta que “a ANACOM favoreceu a PT” no processo de implementação da Televisão Digital Terrestre, em Portugal. Perante as afirmações de Denicoli, de que existem “fortes indícios” de corrupção, a PT e a ANACOM anunciaram levar o caso a tribunal para “repor o bom nome e a reputação”.

01/11/12

LOL - FMI já está em Portugal a preparar reforma do Estado

O Governo está a preparar a reforma do Estado anunciada na passada semana por Passos Coelho com a ajuda de técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) que já estão em Portugal e já tiveram reuniões com membros do Executivo, revelou nesta quarta-feira Marques Mendes.

No seu habitual comentário no programa Política Mesmo, na TVI24, Mendes afirmou que as reuniões dos técnicos do FMI tiveram lugar nos ministérios da Administração Interna e Defesa.

 

O ex-presidente do PSD afirmou ainda que a reforma vai passar por várias concessões a privados, dando como exemplos as florestas, centros de saúde e os transportes públicos, pela mobilidade especial da função pública e com mais pagamentos por parte dos portugueses na saúde e na educação.

Marques Mendes dá mesmo alguns números sobre os cortes na despesa que vão ser feitos com esta reforma do Estado. No total serão 4 mil milhões de euros: 500 milhões na defesa, justiça e segurança e 3.500 mil milhões na segurança social, saúde e educação.

O também Conselheiro de Estado de Cavaco Silva, afirmou também que o estudo da reforma que está já a ser feito será aprovado em 2013 e aplicado em 2014. Mendes até apontou datas: em Novembro (6ª avaliação) o Governo aponta à troika os princípios essenciais das reformas a fazer e em Fevereiro do próximo ano (7ª avaliação) o Executivo de Passos Coelho apresenta à troika o conjunto de medidas a adoptar.
Mendes tinha, porém, uma “grande crítica” a fazer a Passos: esta reforma chega com um ano de atraso. “O Governo andou a dormir na forma. (…) Se tivesse sido estudada em 2012, aplicava-se em 2013 e evitava-se o assalto fiscal que aí está”, acusou.

O antigo presidente do PSD acrescentou que, há um ano, o Governo tinha um enorme estado de graça e autoridade e hoje tem uma imagem já bastante degradada e a autoridade já não é a mesma.

Porém, concluiu, “antes tarde que nunca”. “Sem esta reforma o País não é nem competitivo nem sustentável.”

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/fmi-ja-esta-em-portugal-a-preparar-reforma-do-estado-revela-marques-mendes-1569619

O Rosto do Desemprego - 156

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Nome   Hugo Machado

Idade   35 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa / Lis­boa

For­mação   licen­ci­ado em ciên­cias do mar

Última profis­são   lavagem de pratos

Há quanto tempo desem­pre­gado   agosto de 2011

Agre­gado famil­iar   vive soz­inho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “a von­tade de seguir uma car­reira e não o poder fazer, como qual­quer pes­soa quer quando acaba o seu curso. ainda tenho a ajuda dos meus pais, se não fos­sem eles estava a pas­sar ainda pior. temos de min­i­mizar as coisas em todos os aspec­tos, ou seja, poupar. acabo por ter a noção que gasto mais do que devo, talvez os políti­cos devessem sen­tir ou pen­sar em fazer o mesmo”

Per­spec­ti­vas de futuro  “são pou­cas. per­spec­ti­vas temos sem­pre muitas. concretiza-las é que não é fácil. é seguir em frente e não perder a esper­ança. já saí do pais ( Dina­marca) foi uma exper­iên­cia enrique­ce­dora, penso que basi­ca­mente é o que se deve fazer hoje em dia”

O Rosto do Desemprego - 155

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Nome   José Valente

Idade   47 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa / Lis­boa

For­mação   3ª classe

Última profis­são   carpin­teiro

Há quanto tempo desem­pre­gado   desde agosto de 2012

Agre­gado famil­iar   vive soz­inho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “não é a primeira vez que estou desem­pre­gado. é difí­cil. aqui não está a dar nada. tento procu­rar mas com está situ­ação não está a resultar”

Per­spec­ti­vas de futuro  “já tra­bal­hei na Ale­manha. se isto con­tin­uar assim não vale a pena ficar. é  esta a minha profis­são, é o que eu quero fazer, aqui ou lá fora”

O Rosto do Desemprego - 154

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Nome   Pedro Silva

Idade   25 anos

Naturalidade/Residência   Lis­boa / Lis­boa

For­mação   gestão de mar­ket­ing

Última profis­são   tele mar­ket­ing

Há quanto tempo desem­pre­gado   setem­bro de 2012

Agre­gado famil­iar   vive soz­inho

O que mudou na sua vida desde que ficou desem­pre­gado   “ainda não mudou nada na minha vida pois acabei o curso há um mês, pois ainda não estive desem­pre­gado tempo suficiente ”

Per­spec­ti­vas de futuro  “estou a ten­tar con­seguir um está­gio profis­sional em Por­tu­gal ou no estrangeiro. não acho que a situ­ação vá mel­ho­rar por cá, por isso é que estou a ten­tar sair. aqui em Por­tu­gal não tenho esper­ança nen­huma, muito sinceramente ”